Desde o início da gripezinha da pandemia do Coronavírus, diversos artistas mundo afora encontraram a oportunidade de expor o seu trabalho através das “lives”, por meio do YouTube. No Brasil, não foi diferente. Não podemos negar que, numa situação como esta – onde o confinamento pede alguns momentos de “descompressão” – e sendo muitas destas lives em prol de causas beneficentes, a iniciativa é até louvável. Mas, já passa um pouco dos limites. São muitas (muitas) lives. E a mensagem passada, muitas vezes, é duvidosa.
Na última semana, o cantor Gustttttttavo Lima (se esqueci de um “t”, me avisem) foi envolvido numa polêmica, por ter feito uma live onde consumia bebida alcoólica de forma descontrolada, ficou visivelmente alterado e, como resultado, foi notificado pelo Conar – por fazer publicidade de algo que, todos sabem, deve ser de consumo restrito. Fiel apoiador de Jair “é só uma gripezinha, um resfriadinho” Bolsonaro, ele foi defendido pelo presidente.
Mas o excesso nas lives vai além… há, na verdade, um excesso de lives.
Levantamento feito pelo VCFAZ mostra que, nos dias 18 e 20 de abril, por exemplo, acontecerão de 5 a 7 lives simultâneas no YouTube. Algumas delas, claro, com o objetivo de levar mensagens de motivação às famílias – como o cantor Mano Walter, que deverá levar ao público edificantes sucessos como ‘Juramento do Dedinho‘, ‘Não Deixo Não‘, ‘Monta Logo Vai‘, entre outros. Ou mesmo Wesley Safadão, o Andrea Bocelli brasileiro, que certamente conquistará o público com “Na Cama que Eu Paguei” , “Igual Ela Só Uma” (sic) ou “Só Pra Castigar”.
A dúvida que fica… é preciso ter tantas, tantas, tantas lives? (E de caráter, digamos… às vezes duvidoso?)