O Disney+ registrou a primeira queda de assinantes desde seu lançamento em 2019. No relatório financeiro do primeiro trimestre fiscal de 2025, divulgado esta semana pela The Walt Disney Company, o serviço perdeu 700 mil assinantes, totalizando agora 124,6 milhões de usuários. A principal causa apontada para essa redução foi o reajuste de preços realizado em setembro de 2024, quando, nos EUA, o plano com anúncios subiu de US$ 7,99 para US$ 9,99, e o plano sem anúncios passou de US$ 13,99 para US$ 15,99.
Apesar da diminuição na base de usuários, a Disney+ teve um aumento de 9% na receita da divisão de streaming, que alcançou US$ 6,07 bilhões. O crescimento foi justamente impulsionado pelos novos preços e resultou em um lucro operacional de US$ 293 milhões, revertendo uma perda de US$ 138 milhões registrada no mesmo período do ano passado.
Enquanto o Disney+ e o ESPN+ enfrentaram perdas de assinantes, o Hulu, disponível apenas nos EUA, cresceu, adicionando 1,6 milhão de novos usuários e totalizando 53,6 milhões de assinantes.
No geral, a Disney apresentou um desempenho positivo no trimestre. A receita total da empresa cresceu 5%, atingindo US$ 24,69 bilhões. Esse resultado foi impulsionado pelo sucesso de bilheteria de “Moana 2”, que arrecadou mais de US$ 1 bilhão, e pelo bom desempenho da divisão de esportes.
Mudanças vem aí
O CEO da Disney, Bob Iger, destacou que a empresa continuará focada na lucratividade do streaming e mencionou planos estratégicos para reforçar sua base de assinantes.
Embora o Disney+ tenha enfrentado uma queda de assinantes, a empresa promete apostar em novas estratégias e conteúdos premium para manter seu crescimento e rentabilidade. Nos próximos trimestres, a Disney espera equilibrar sua base de assinantes e continuar consolidando seu espaço no concorrido mercado de streaming.
Vale lembrar que, no Brasil, diversos canais Disney sairão do ar no final do mês, como parte da estratégia da empresa para concentrar esforços no Disney+.