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    Quando a arrogância estraga a festa: Globo e o deboche no Upfront 2026

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    O Upfront Globo 2026 deveria ter sido uma vitrine de inovações e do futuro promissor da emissora. Contudo, na última segunda-feira, dia 13/10, o que realmente “bombou” não foram as novidades da programação, mas sim o tom de deboche e superioridade adotado por seus apresentadores. A festa publicitária transformou-se em um palco de provocações diretas à concorrência, principalmente à Band e, por tabela, à HBO Max (cuja novela foi exibida em TV aberta pela Band).

    Se o objetivo era mostrar força, o tiro saiu pela culatra. A postura da TV Globo no evento, mais do que confiança, revelou uma arrogância desnecessária que mancha a imagem da emissora e, ironicamente, dá destaque exatamente aos produtos que tentaram desqualificar.

    O Alfinete que Fere a Imagem

    As “brincadeiras” ultrapassaram o limite do bom humor competitivo e caíram no escárnio.

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    O humorista Eduardo Sterblitch mirou em “Beleza Fatal“, a novela da HBO Max. Ao ironizar a audiência da concorrente e exaltar a performance de “Vale Tudo” no Globoplay, ele estabeleceu uma comparação que, embora tentasse ser desabonadora, apenas chamou atenção para a existência da produção do streaming na TV aberta. Se a “Bebel da 25 de Março” teve um recorde de menos de 2 milhões, por que o medo de citá-la? A necessidade de rebaixar a concorrência sugere uma insegurança mascarada.

    Na sequência, o âncora do “Jornal Nacional,” William Bonner, que deveria zelar por uma imagem de sobriedade e credibilidade, usou a notícia da volta da Fórmula 1 em 2026 para alfinetar a Band. Sua pergunta retórica — “vocês sabem ainda o que é a Fórmula 1? Porque saiu da Globo, né?” — é de um mau gosto notável. A Band fez um trabalho elogiável ao manter a categoria viva e acessível no Brasil, e debochar disso no momento do anúncio de retomada não é celebrar a F1, é apenas humilhar o rival. A F1 não “voltou pra casa”; ela foi negociada, e o mercado é assim.

    Por fim, o auge da desmedida veio com a chef Renata Vanzetto, mentora do reality “Chef de Alto Nível” (do GNT, exibido na Globo). Sua declaração de que “um episódio nosso deu mais audiência do que todas as temporadas do ‘MasterChef’ juntas” não é apenas estatisticamente questionável (comparar um reality de temporada curta com o histórico de um programa de longa data), mas profundamente desrespeitosa com o formato que popularizou o gênero no país: o “MasterChef Brasil” da Band.

    O Efeito Colateral do Deboche

    A Globo é, inegavelmente, a maior e mais poderosa emissora do país. Com sua escala, recursos e alcance, é natural que seus números de audiência superem a concorrência em muitos horários. Mas é exatamente essa posição de liderança que exige uma postura de grandeza e elegância, e não de mesquinhez.

    Ao debochar publicamente de concorrentes menores, a Globo coloca-se no papel de bully (valentão). Esse comportamento é contraproducente por três razões:

    1. Dá Palco à Concorrência: O deboche faz com que o público volte seus olhos para os produtos criticados. O burburinho gerado sobre “Beleza Fatal” ou “MasterChef” após o evento certamente fez mais por esses produtos do que se tivessem sido simplesmente ignorados.
    2. Desvia o Foco do Próprio Produto: O debate sobre as provocações ofuscou as verdadeiras novidades da Globo. O upfront deveria ser sobre a Globo, e não sobre a Band.
    3. Transmite Arrogância: Ninguém gosta de quem se vangloria demais ou de quem pisa no adversário. No mundo atual, onde o público se conecta com narrativas de “Davis contra Golias,” a Globo arrisca-se a gerar antipatia ao se portar como uma gigante prepotente.

    A TV Globo não precisa de piadas de mau gosto para afirmar sua liderança. Seu histórico, seus talentos e sua estrutura já o fazem. O Upfront 2026 foi uma oportunidade perdida de mostrar confiança com classe, optando, lamentavelmente, por uma arrogância que não combina com a estatura que a emissora diz ter.

    A liderança é medida pela grandeza dos feitos, não pela pequenez das ofensas.

    O Upfront Globo 2026 deveria ter sido uma vitrine de inovações e do futuro promissor da emissora. Contudo, na última segunda-feira, dia 13/10, o que realmente “bombou” não foram as novidades da programação, mas sim o tom de deboche e superioridade adotado por seus apresentadores. A festa publicitária transformou-se em um palco de provocações diretas à concorrência, principalmente à Band e, por tabela, à HBO Max (cuja novela foi exibida em TV aberta pela Band).

    Se o objetivo era mostrar força, o tiro saiu pela culatra. A postura da TV Globo no evento, mais do que confiança, revelou uma arrogância desnecessária que mancha a imagem da emissora e, ironicamente, dá destaque exatamente aos produtos que tentaram desqualificar.

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    O Alfinete que Fere a Imagem

    As “brincadeiras” ultrapassaram o limite do bom humor competitivo e caíram no escárnio.

    O humorista Eduardo Sterblitch mirou em “Beleza Fatal“, a novela da HBO Max. Ao ironizar a audiência da concorrente e exaltar a performance de “Vale Tudo” no Globoplay, ele estabeleceu uma comparação que, embora tentasse ser desabonadora, apenas chamou atenção para a existência da produção do streaming na TV aberta. Se a “Bebel da 25 de Março” teve um recorde de menos de 2 milhões, por que o medo de citá-la? A necessidade de rebaixar a concorrência sugere uma insegurança mascarada.

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    Na sequência, o âncora do “Jornal Nacional,” William Bonner, que deveria zelar por uma imagem de sobriedade e credibilidade, usou a notícia da volta da Fórmula 1 em 2026 para alfinetar a Band. Sua pergunta retórica — “vocês sabem ainda o que é a Fórmula 1? Porque saiu da Globo, né?” — é de um mau gosto notável. A Band fez um trabalho elogiável ao manter a categoria viva e acessível no Brasil, e debochar disso no momento do anúncio de retomada não é celebrar a F1, é apenas humilhar o rival. A F1 não “voltou pra casa”; ela foi negociada, e o mercado é assim.

    Por fim, o auge da desmedida veio com a chef Renata Vanzetto, mentora do reality “Chef de Alto Nível” (do GNT, exibido na Globo). Sua declaração de que “um episódio nosso deu mais audiência do que todas as temporadas do ‘MasterChef’ juntas” não é apenas estatisticamente questionável (comparar um reality de temporada curta com o histórico de um programa de longa data), mas profundamente desrespeitosa com o formato que popularizou o gênero no país: o “MasterChef Brasil” da Band.

    O Efeito Colateral do Deboche

    A Globo é, inegavelmente, a maior e mais poderosa emissora do país. Com sua escala, recursos e alcance, é natural que seus números de audiência superem a concorrência em muitos horários. Mas é exatamente essa posição de liderança que exige uma postura de grandeza e elegância, e não de mesquinhez.

    Ao debochar publicamente de concorrentes menores, a Globo coloca-se no papel de bully (valentão). Esse comportamento é contraproducente por três razões:

    1. Dá Palco à Concorrência: O deboche faz com que o público volte seus olhos para os produtos criticados. O burburinho gerado sobre “Beleza Fatal” ou “MasterChef” após o evento certamente fez mais por esses produtos do que se tivessem sido simplesmente ignorados.
    2. Desvia o Foco do Próprio Produto: O debate sobre as provocações ofuscou as verdadeiras novidades da Globo. O upfront deveria ser sobre a Globo, e não sobre a Band.
    3. Transmite Arrogância: Ninguém gosta de quem se vangloria demais ou de quem pisa no adversário. No mundo atual, onde o público se conecta com narrativas de “Davis contra Golias,” a Globo arrisca-se a gerar antipatia ao se portar como uma gigante prepotente.

    A TV Globo não precisa de piadas de mau gosto para afirmar sua liderança. Seu histórico, seus talentos e sua estrutura já o fazem. O Upfront 2026 foi uma oportunidade perdida de mostrar confiança com classe, optando, lamentavelmente, por uma arrogância que não combina com a estatura que a emissora diz ter.

    A liderança é medida pela grandeza dos feitos, não pela pequenez das ofensas.

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