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    Travessia estreia abaixo da expectativa (por Fabio Maksymczuk)

    Nesta semana, a TV Globo estreou “Travessia”. A nova novela das nove, assinada por Gloria Perez com direção artística de Mauro Mendonça Filho, iniciou abaixo da expectativa.

    O primeiro capítulo foi mal estruturado. Muita correria sem aprofundamento na apresentação das personagens, o que distanciou o envolvimento do telespectador. Nos dias seguintes, os índices de audiência perderam fôlego. Na última quinta-feira (13/10), chegou a registrar 23 pontos de média, patamar até mesmo inferior à meta de uma novela das sete.

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    Com a pandemia do novo Coronavírus, o planejamento das telenovelas foi afetado. Como efeito colateral, a repetição de atores é uma constante. Chay Suede mal desencarnou de Domenico, da novela “Amor de Mãe”, para dar vida agora ao maranhense Ari.

    Humberto Martins passa a impressão de interpretar sempre o mesmo personagem. No ano passado, o ator apareceu na pele de Eurico na reprise de “A Força do Querer”. Agora, mais uma vez, vive um empresário. Desta vez, com o nome de Guerra. Mesmos trejeitos. Mesma entonação.

    Além disso, o ator Romulo Estrela aparece em dose dupla na programação de telenovelas da TV Globo. Vive o hacker Oto e também o investigador Cristiano em “Verdades Secretas II”. Vanessa Giácomo, que interpreta Leonor, estava no ar há poucos meses na série Filhas de Eva.

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    Como a novela é ambientada no universo digital, acreditaram no potencial de Jade Picon que mal saiu do “Big Brother Brasil 22”. Ela não deixou no reality uma boa imagem perante grande parcela dos telespectadores. A influencer interpreta Chiara. Nestes primeiros capítulos, passa a impressão de interpretar a si mesma.

    Jade, portanto, difere de outros ex-participantes do BBB que entraram na teledramaturgia com o potencial do carisma (e também com tangenciamento de seus universos), como Grazi Massafera que, em sua estreia, interpretou uma moça do interior em “Páginas da Vida”, Kaysar Dadour em “Órfãos da Terra”, trama que abordou o drama dos refugiados, e Matheus Lisboa, que saiu com a imagem positiva de “A Fazenda”, ao viver o personagem gay Pierre (universo LGBT) em “O Tempo Não Para”. Fora Juliana Alves e Vanessa Pascale que conquistaram a simpatia do público.

    A trama também resgatou Helô, vivida por Giovanna Antonelli, e Stenio, interpretado por Alexandre Nero, além da empregada Creusa (Luci Pereira). Em “Salve Jorge”, realmente a delegada alavancou a trama. Transformou-se na protagonista. Porém, trazer novamente a história do casal é questionável.

    “Travessia”, até aqui, não empolgou. Iniciou com um roteiro confuso.

    Fabio Maksymczuk

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