A poliomelite, também conhecida como paralisia infantil, foi finalmente erradicada na África. O anúncio oficial foi feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 25 de agosto. Trata-se de um marco histórico na luta contra a doença, alcançado quatro anos após os últimos casos registrados na Nigéria. Para celebrar o acontecimento, o Smithsonian Channel exibe o documentário “Uma Vacina para Salvar o Mundo”, nesta sexta-feira (04).
Com uma hora de duração, o programa narra toda uma batalha travada pela ciência no desenvolvimento da primeira vacina contra a poliomelite, anunciada em 1953 pelo médico e pesquisador norte-americano Jonas Salk.
A produção traz relatos de membros da equipe pioneira de Salk sobre as dificuldades enfrentadas em sete anos de pesquisas. Os desafios à época envolviam falta de recursos, descrença por parte da classe médica mais ortodoxa e uma verdadeira corrida contra a propagação de uma doença que se tornou flagelo mundial e, até 1952, já incapacitava permanentemente mais de 60 mil crianças por ano nos Estados Unidos.
O documentário conta também com depoimentos de sobreviventes da epidemia, que se submeteram à fase inicial de testes da vacina na infância. Há registro de que 1,8 milhão de crianças em idade escolar nos Estados Unidos tenham participado desse ensaio clínico. Só em abril de 1955, a vacina de Salk foi efetivamente declarada “segura, potente e eficaz”.
Para dar um panorama do estado global da doença e do que vem sendo feito, o programa entrevista ainda o empresário e filantropo Bill Gates. A total erradicação da pólio continua sendo um de seus maiores objetivos. Hoje, segundo a OMS, ainda restam dois países com casos de poliomelite no mundo: Afeganistão e Paquistão.
“Uma Vacina para Salvar o Mundo” estreia dia 04 de setembro, às 22h no Smithsonian Channel.