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    “Mafalda” ganha série animada na Netflix

    A Netflix anunciou que o diretor e vencedor do Oscar, Juan José Campanella, está trabalhando na adaptação audiovisual da icônica história em quadrinhos “Mafalda“, do consagrado mestre do humor gráfico argentino, Quino. A série animada ainda não tem data de lançamento definida.

    Mafalda, personagem criada pelo cartunista argentino Quino (Joaquín Salvador Lavado Tejón), é uma menina de seis anos com uma personalidade forte e questionadora. Caracterizada por seu cabelo curto e volumoso, geralmente preso com uma faixa, Mafalda é conhecida por sua inteligência precoce e sua preocupação com a humanidade e a paz mundial.

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    Ela frequentemente faz perguntas profundas e filosóficas aos adultos ao seu redor, revelando uma visão crítica e satírica do mundo. Mafalda tem um grande senso de justiça e é uma fervorosa defensora dos direitos humanos, mostrando uma sensibilidade especial para temas como desigualdade, política e guerra.

    Além disso, Mafalda tem uma paixão por The Beatles e uma aversão declarada à sopa, o que se torna um tema recorrente nas tiras. Ela é cercada por um grupo de amigos, cada um com suas próprias peculiaridades, como o sonhador Felipe, o materialista Manolito e a vaidosa Susanita, que enriquecem ainda mais as histórias e reflexões apresentadas por Quino.

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    Através de Mafalda, Quino consegue abordar temas complexos com humor e perspicácia, fazendo dela uma personagem atemporal e querida por várias gerações.

    Sobre a série animada

    “Mafalda”, produção original da Netflix com Mundoloco CGI, terá Gastón Gorali como co-roteirista e produtor geral, e Sergio Fernández como diretor de produção.

    Juan José Campanella será o diretor, roteirista e showrunner do projeto. Confira a carta escrita por ele, intitulada “Sobre Mafalda”

    “Eu tinha sete ou oito anos quando foi publicado o primeiro catálogo de tirinhas de Mafalda em forma de livrinho. Meus pais liam as tiras e me diziam que eu não ia entender. Que ofensa. Que desafio. Corri para comprá-lo e ainda me lembro de subir a ladeira de Melo enquanto lia, dando gargalhadas e admitindo que, de fato, haviam tiras que eu não entendia. Mafalda e seus amigos não só me faziam rir muito, mas de vez em quando me mandavam ao dicionário. E cada palavra nova que eu aprendia vinha com o prêmio de uma nova gargalhada.

    Logo eu já era mais um da turma da Mafalda. Posso citar muitas piadas de memória, mas como hoje enfrento esse enorme desafio, não vou começar com os spoilers.

    Corte para décadas depois, em plena produção de Metegol. O mestre Quino veio visitar nosso escritório de produção. Havia quase 200 artistas de diferentes gerações e para todos nós era como se Deus tivesse entrado. Lembro que foi nesse dia que Quino tentou, pela primeira vez, desenhar com um lápis digital. Um gigante como ele, que inspirou gerações de desenhistas com seu traço, e muitos outros humoristas com seu senso de ironia e comentários perspicazes, estava dando forma a um traço, mas como nunca antes, sem tinta nem papel. Seu entusiasmo era o de uma criança com um brinquedo novo, fazendo dezenas de perguntas. O entusiasmo e a curiosidade de quem nunca acreditou saber tudo.

    Desde essa visita, começaram a surgir perguntas. Como podemos reconectar as novas gerações que não cresceram com Mafalda a essa grande obra? Como podemos levar seu engenho, sua mordacidade, às crianças que hoje crescem em plataformas digitais? Como podemos, enfim, traduzir uma das maiores obras da história do Humor Gráfico para a linguagem audiovisual? 

    Hoje, doze anos depois dessa visita inesquecível, enfrentamos esse desafio. Nada mais nada menos que transformar Mafalda em um clássico da animação. É nossa obrigação preservar o humor, o timing, a ironia e as observações de Quino. Sabemos que não podemos elevar Mafalda, porque mais alta ela não pode estar. Mas sonhamos que aqueles que são devotos dela desde o início possam compartilhá-la com nossos filhos, e embora haja coisas reservadas apenas para adultos, todos possamos soltar uma gargalhada em família, e por que não, recorrer ao dicionário de vez em quando.

    Sem dúvida, de longe, o maior desafio da minha vida”.

    Juan José Campanella

    Julho, 2024

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    A Netflix anunciou que o diretor e vencedor do Oscar, Juan José Campanella, está trabalhando na adaptação audiovisual da icônica história em quadrinhos “Mafalda“, do consagrado mestre do humor gráfico argentino, Quino. A série animada ainda não tem data de lançamento definida.

    Mafalda, personagem criada pelo cartunista argentino Quino (Joaquín Salvador Lavado Tejón), é uma menina de seis anos com uma personalidade forte e questionadora. Caracterizada por seu cabelo curto e volumoso, geralmente preso com uma faixa, Mafalda é conhecida por sua inteligência precoce e sua preocupação com a humanidade e a paz mundial.

    Ela frequentemente faz perguntas profundas e filosóficas aos adultos ao seu redor, revelando uma visão crítica e satírica do mundo. Mafalda tem um grande senso de justiça e é uma fervorosa defensora dos direitos humanos, mostrando uma sensibilidade especial para temas como desigualdade, política e guerra.

    Além disso, Mafalda tem uma paixão por The Beatles e uma aversão declarada à sopa, o que se torna um tema recorrente nas tiras. Ela é cercada por um grupo de amigos, cada um com suas próprias peculiaridades, como o sonhador Felipe, o materialista Manolito e a vaidosa Susanita, que enriquecem ainda mais as histórias e reflexões apresentadas por Quino.

    Através de Mafalda, Quino consegue abordar temas complexos com humor e perspicácia, fazendo dela uma personagem atemporal e querida por várias gerações.

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    Sobre a série animada

    “Mafalda”, produção original da Netflix com Mundoloco CGI, terá Gastón Gorali como co-roteirista e produtor geral, e Sergio Fernández como diretor de produção.

    Juan José Campanella será o diretor, roteirista e showrunner do projeto. Confira a carta escrita por ele, intitulada “Sobre Mafalda”

    “Eu tinha sete ou oito anos quando foi publicado o primeiro catálogo de tirinhas de Mafalda em forma de livrinho. Meus pais liam as tiras e me diziam que eu não ia entender. Que ofensa. Que desafio. Corri para comprá-lo e ainda me lembro de subir a ladeira de Melo enquanto lia, dando gargalhadas e admitindo que, de fato, haviam tiras que eu não entendia. Mafalda e seus amigos não só me faziam rir muito, mas de vez em quando me mandavam ao dicionário. E cada palavra nova que eu aprendia vinha com o prêmio de uma nova gargalhada.

    Logo eu já era mais um da turma da Mafalda. Posso citar muitas piadas de memória, mas como hoje enfrento esse enorme desafio, não vou começar com os spoilers.

    Corte para décadas depois, em plena produção de Metegol. O mestre Quino veio visitar nosso escritório de produção. Havia quase 200 artistas de diferentes gerações e para todos nós era como se Deus tivesse entrado. Lembro que foi nesse dia que Quino tentou, pela primeira vez, desenhar com um lápis digital. Um gigante como ele, que inspirou gerações de desenhistas com seu traço, e muitos outros humoristas com seu senso de ironia e comentários perspicazes, estava dando forma a um traço, mas como nunca antes, sem tinta nem papel. Seu entusiasmo era o de uma criança com um brinquedo novo, fazendo dezenas de perguntas. O entusiasmo e a curiosidade de quem nunca acreditou saber tudo.

    Desde essa visita, começaram a surgir perguntas. Como podemos reconectar as novas gerações que não cresceram com Mafalda a essa grande obra? Como podemos levar seu engenho, sua mordacidade, às crianças que hoje crescem em plataformas digitais? Como podemos, enfim, traduzir uma das maiores obras da história do Humor Gráfico para a linguagem audiovisual? 

    Hoje, doze anos depois dessa visita inesquecível, enfrentamos esse desafio. Nada mais nada menos que transformar Mafalda em um clássico da animação. É nossa obrigação preservar o humor, o timing, a ironia e as observações de Quino. Sabemos que não podemos elevar Mafalda, porque mais alta ela não pode estar. Mas sonhamos que aqueles que são devotos dela desde o início possam compartilhá-la com nossos filhos, e embora haja coisas reservadas apenas para adultos, todos possamos soltar uma gargalhada em família, e por que não, recorrer ao dicionário de vez em quando.

    Sem dúvida, de longe, o maior desafio da minha vida”.

    Juan José Campanella

    Julho, 2024

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