A The Walt Disney Company anunciou importantes mudanças em suas políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI). A empresa decidiu retirar a diversidade e inclusão como métricas independentes na remuneração de seus executivos, substituindo por um novo critério chamado “estratégia de talentos”, que avaliará como os líderes mantêm os valores da empresa e promovem um ambiente inclusivo. Outros critérios de desempenho, como “criatividade e narrativa” e “sinergia”, permanecem inalterados. As informações são do Financial Times.
Além disso, a Disney vai mudar os avisos de conteúdo exibidos antes de alguns filmes clássicos no streaming Disney+. Filmes como Dumbo e Peter Pan, que antes apresentavam alertas automáticos sobre representações negativas de culturas e povos, agora terão essas informações movidas para uma seção junto a outros detalhes do filme, tornando o aviso menos visível.
As mudanças ocorrem em um momento em que grandes empresas estão reavaliando seus programas de DEI, principalmente após a reeleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Empresas como Meta, McDonald’s e Target também reduziram suas iniciativas de diversidade, refletindo pressões políticas e de investidores.
A Disney enfatiza que, apesar dessas mudanças, continua comprometida com um ambiente de trabalho inclusivo. A empresa tem uma base expressiva de funcionários LGBT+ e já enfrentou críticas anteriormente por suas posições sobre questões sociais. O CEO Bob Iger tem manifestado interesse em redirecionar o foco da Disney para o entretenimento, em vez de debates políticos e sociais.
Woke?
A chamada “cultura woke” se refere a um movimento que busca conscientização sobre questões sociais, como diversidade, inclusão e justiça racial, promovendo mudanças em representações culturais e políticas corporativas. Nos últimos anos, a Disney tem sido acusada por setores mais conservadores de aderir excessivamente a essa agenda, alterando personagens, enredos e implementando políticas internas voltadas para diversidade e inclusão.
Críticos argumentam que essa abordagem compromete tradições e valores clássicos da empresa, enquanto defensores veem como um passo necessário para tornar o entretenimento mais representativo e inclusivo.