Prepare o coração e o lenço: a novela A Viagem, um dos maiores sucessos da teledramaturgia brasileira, está de volta na programação da TV Globo. A reprise estreia nesta segunda-feira, dia 12 de maio, dentro da faixa Vale a Pena Ver de Novo, como parte das comemorações pelos 60 anos da emissora. Escrita por Ivani Ribeiro e com direção geral de Wolf Maya, a obra marcou época ao tratar de forma pioneira temas como espiritualidade, reencarnação e vida após a morte — com uma trama envolvente que até hoje ressoa no imaginário popular.
Originalmente exibida em 1994, A Viagem é um remake da novela homônima exibida nos anos 1970 pela TV Tupi. A nova versão consagrou-se como um marco da televisão brasileira, conquistando público e crítica com sua narrativa sensível, elenco afiado e uma das trilhas sonoras mais memoráveis das novelas globais.
A história gira em torno de Alexandre (Guilherme Fontes), um jovem rico e impulsivo que, após cometer um crime e tirar a própria vida, passa a agir como espírito obsessor, buscando vingança contra aqueles que julga responsáveis por seu fim: o irmão Raul (Miguel Falabella), o cunhado Téo (Maurício Mattar) e o advogado Otávio (Antonio Fagundes). O triângulo espiritual se complica quando Diná (Christiane Torloni), irmã de Alexandre e sua maior defensora, se apaixona justamente por Otávio, iniciando uma jornada de amor, perdão e evolução espiritual.
O ator Guilherme Fontes celebra o retorno da novela e o impacto duradouro de seu personagem. “Ver seu trabalho se transformar em um clássico não tem preço. Alexandre virou meme, figurinha, personagem transmídia… Estamos falando de três gerações de fãs. É incrível”, afirma o ator, que destaca o texto de Ivani Ribeiro e Solange Castro Neves como fator-chave do sucesso.
A produção também impressionou pelo cuidado técnico. Foram mais de 200 ambientes e 50 cenários nos Estúdios Herbert Richers, além de locações simbólicas como o campo de golfe em Petrópolis para representar o “céu” e uma pedreira desativada em Niterói, que serviu como o sombrio “Vale dos Suicidas”.
Rever A Viagem é, mais do que nostalgia, um reencontro com uma obra que uniu misticismo, melodrama e emoção em doses certeiras — e que continua a emocionar, provocar e consolar.