Nesta sexta, 14 de julho, o “Globo Repórter” promete provar que há vagas no mercado de trabalho. O programa, com reportagem de Beatriz Castro, Paulo Gonçalves e Fábio Castro, vai ao ar após a novela “Terra e Paixão” na TV Globo.
O programa irá mapear em várias partes do país postos de trabalho, áreas em crescimento hoje e do futuro. Além de trazer dicas sobre o que fazer para garantir um lugar nesse mundo competitivo e onde a procura é tão maior que a demanda de empregos. “Procura-se, costureiras e costureiros. Gente especializada em criação, corte e acabamento”, assim Fábio Castro, começa o programa, direto de uma confecção em Goiânia, onde a gerente de produção Lucilvânia Maria Cruz descreve qual o perfil que eles precisam para ocupar as vagas: “Estamos numa carência enorme, porque não estamos encontrando profissionais nessa área, costureiros, principalmente”.
Segundo projeção da Confederação Nacional da Indústria, o setor de vestuário deve abrir 103 mil vagas até 2025, e as profissões com alta demanda e dificuldade de contratação na área têxtil são as de costureira (operadora de máquinas), técnico em modelagem (modelista, pilotista), assistente de estilo (assistente de criação) e gerente de produção (planejamento). Jasminy Maria Medeiros, presidente do sindicato das costureiras de Goiás, lembra que cabe aos empresários ajustar as propostas salariais: “É necessário pagar pelo menos dois salários-mínimos, um salário atrativo pra chamar tanto os mais jovens e trazer também os mais velhos que estão informais hoje em dia”.
Do interior de São Paulo, o repórter Paulo Gonçalves conta sobre outro setor que está gerando muitos empregos: o de logística. Em Itaquaquecetuba, ele visita um dos maiores galpões de logística do país, e descobre quais os postos estão carentes de profissionais especializados: motoristas de caminhão, operador de empilhadeira e analista de logística. “Candidatos, às vezes até tem, mas preparados para caminhões grande, você não acha essa mão de obra pronta, principalmente, se afastando das grandes capitais”, observa o empresário Ramon Alcaraz.
O programa mostra ainda que arrumar um bom emprego é mais difícil para quem vive na periferia. Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), em São Paulo, os 10% mais ricos tem 9 vezes mais chances de se candidatar a uma vaga no mercado de trabalho que os 40% mais pobres.