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Nesta quarta-feira (03/03), “Em Nome de Deus” estreou na programação da TV Globo. O documentário desnuda a face horripilante de João de Deus, médium que conseguia passar a imagem de bom samaritano na mídia.
A série de três episódios inicia com a eclosão do escândalo em 2018, através do jornalista Pedro Bial. O médium seria um dos convidados do talk show da TV Globo. O apresentador e equipe começaram a preparar a pauta da atração notívaga. Eis que encontraram uma fonte que revelou boatos sobre assédio sexual que envolviam o “líder espiritual”.
O novelo começou a ser desfiado com as declarações de testemunhas que não queriam expor os seus rostos no vídeo. De repente, surge uma holandesa que topa escancarar as denúncias. O início do fim do “mito” João de Deus começou a ser eclodido.
Neste primeiro episódio, que contou com uma boa narrativa e edição, o depoimento de uma das filhas de João chamou a atenção do telespectador. De acordo com Dalva Teixeira, ela foi abusada pelo próprio pai desde os 10 anos de idade. Mesmo já adulta, continuou a ter relações sexuais com o progenitor. E seus netos tinham conhecimento do incesto.
Declarações fortes que fugiram do tom sensacionalista.
“Em Nome de Deus” é um acerto na programação da emissora. Mais jornalismo e menos teledramaturgia na segunda faixa após a novela das nove. Porém, “Profissão Repórter”, que ocupa normalmente a faixa horária, ficou prejudicado com o rearranjo da programação. Foi jogado para a madrugada de terça para quarta em uma desnecessária terceira faixa após o carro-chefe da emissora.
Fabio Maksymczuk