A TV Gazeta continua em seus rearranjos, especialmente no Departamento de Esportes. O apresentador Flavio Prado, após 20 anos no comando do “Mesa Redonda”, deixou a emissora da Fundação Casper Líbero. Nesse período, o jornalista também compunha a equipe de comentaristas do “Gazeta Esportiva”.
Diferente de Celso Cardoso, Flavio Prado não era “cria” da TV Gazeta. Nos anos 90, por exemplo, o jornalista apresentava o “Cartão Verde” na TV Cultura, ao lado de Juca Kfouri e José Trajano. Trio que deixou saudades. Flavio também “bate cartão” há décadas na Jovem Pan.
Além dessa consideração, Flavio defende ideias contundentes e polêmicas. O apresentador menospreza os campeonatos estaduais. Diante de tal postura, era incoerente que os esportivos da TV Gazeta, com sua participação, abordassem o Campeonato Paulista com amplo destaque.
É necessário também enfatizar que o “Mesa Redonda” envelheceu. Não ocorre um processo de renovação na estrutura do programa. Isso aconteceu, excepcionalmente, com a entrada de Guilherme Camarda e Vinicius Rodrigues no quadro “Mesa Quadrada”. Porém, o projeto foi abolido.
Com a saída de Flavio, a TV Gazeta adotou uma solução caseira. Osmar Garraffa, que há décadas surge na tela da emissora, especialmente em reportagens, foi alçado ao posto de apresentador do “Mesa Redonda”. O profissional conquistou a oportunidade por merecimento.
Apesar disso, “Mesa Redonda” precisa de elementos que rejuvenesçam a estrutura da atração para capturar novos telespectadores. No primeiro programa que deu início à fase Garraffa, Vanderlei Luxemburgo apareceu como convidado especial. Técnico que já participou, por inúmeras oportunidades, da atração.
Dentro do atual contexto, é necessário ressaltar que há o desafio de contar com a participação dos atuais jogadores e até técnicos da chamada “nova geração”. Hoje em dia, esses profissionais dialogam diretamente com o torcedor, através de suas redes sociais. Diferente dos anos 90, eles não precisam, apenas, da televisão para aparecer na mídia.
“Mesa Redonda” precisa encarar e superar esses desafios contemporâneos.
Fabio Maksymczuk