Na última sexta-feira (01/09), a TV Globo exibiu o último episódio de “Rensga Hits”. A série Original Globoplay com produção da Glaz Entretenimento, criada por Carolina Alckmin e Denis Nielsen, com redação final de Renata Corrêa, roteiros de Bia Crespo, Nathalia Cruz, Otavio Chamorro, Renata Corrêa e Victor Rodrigues, com direção de Carolina Durão e Leandro Neri, direção geral de Leandro Neri e produção de Mayra Lucas, termina como uma grata surpresa.
Com os devidos ajustes, “Rensga Hits” poderia ter sido transformada em uma novela das sete. Sucessora de “Vai na Fé”. O roteiro apresentou esse potencial. Texto leve. Direção competente. Elenco afinado. Uma produção que coaduna com a linguagem contemporânea da televisão brasileira.
Alice Wegmann sobressaiu na produção ao protagonizar a série. A atriz viveu, com brilhantismo, os dilemas da protagonista Raíssa Medeiros. Em cena, teve a ótima parceria com o ator Mauricio Destri que interpretou o cantor Enzzo Gabriel. O casal funcionou. Alice, na realidade, já demonstrou suas credenciais para encarnar Mariana no remake de “Renascer”. Fica a nossa torcida. Na mídia especializada, é apontada como um dos prováveis nomes para assumir a personagem que rendeu dor de cabeça para Adriana Esteves nos anos 90.
Alejandro Claveaux também se destacou em “Rensga Hits” ao encarnar o cantor Deivid Cafajeste. Através desse personagem, a série explorou a construção da imagem pública dos artistas que é reverberada por profissionais da imprensa. O chamado “jornalismo de celebridades” funciona, na realidade, como um braço do marketing. A homossexualidade, que ainda é tabu no meio sertanejo, entrou no contexto dos bastidores retratado na série.
A primeira temporada com oito episódios terminou com final aberto. O público já aguarda a continuação da história. A TV Globo acertou em exibir diariamente a série. Ganhou impulso.
Fabio Maksymczuk