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    Remake de “A Usurpadora” foge do roteiro original

    Olá, internautas

    Em comemoração aos 40 anos da emissora, o SBT exibe, atualmente, o “remake” (entre aspas) de “A Usurpadora”. A produção da Televisa sinaliza o novo caminho adotado pelo conglomerado mexicano de comunicação.

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    Na realidade, “A Usurpadora” versão 2.0 tem quase nada da obra original produzida por Salvador Mejía e dirigida por Beatriz Sheridan nos anos 90. É uma série que basicamente explora o nome das protagonistas, Paola e Paulina, de alguns personagens e o título da novela. Aliás, nem é Paola Bracho, mas Paola Miranda (Sandra Echeverría). Portanto, apenas xarás. Carlos Daniel é Carlos Bernal (Andrés Palacios).

    O remake de “A Usurpadora” é ambientado no universo da política mexicana. Paola é a primeira-dama. O mote da usurpação é o mesmo, mas, desta vez, a vilã tenta, a todo momento, assassinar sua irmã gêmea. Paulina não é uma figura frágil e inocente. É uma mulher forte e decidida.

    Carlinhos, ou Grumete para os íntimos, é Emílio. No remake, não há crianças. Ele já é um rapaz que enfrenta problemas de alcoolismo e uso de entorpecentes. Lisette já é uma adolescente que busca um namorado, através de aplicativos, redes sociais e chats na internet. Aliás, o celular e as novas tecnologias de informação ganham destaque na obra contemporânea. Há até menção de robôs no Twitter.

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    Há uma série de novos personagens no remake, como Facundo Nava (Arap Bethke), agente da inteligência e amigo de Carlos, e seu auxiliar que é homoafetivo, Manuel, chefe do serviço da residência presidencial, que integra a “gangue” de Paola, entre outros.

    A “inocência“ da versão original cede espaço a cenas de pegação e cunho sexual. “A Usurpadora” versão 2.0, na realidade, é um suspense policial. O telespectador saudosista da versão original não se envolve com a nova produção.

    Críticas nesse sentido já vinham do México. Portanto, dificilmente, arrebatariam a audiência em terras tupiniquins. “A Usurpadora 2.0”, fica entre 4 a 5 pontos de média, índice muito aquém em pleno horário nobre do SBT.

    A série não é ruim. Há um cuidado na produção, texto e atuação do elenco. Porém, teria sido mais justo, em respeito à obra original, um novo título. É uma usurpação indevida.

    Fabio Maksymczuk

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