Nesta quarta-feira (27/09), a Record TV comemora 70 anos. É a emissora mais antiga ainda em atividade em nosso País.
A minha primeira lembrança do “canal 7” remonta ao final dos anos 80. Não compreendia o motivo da emissora exibir ao mesmo tempo a mesma programação do SBT. Dois canais “iguais”.
Após a venda, lembro das séries Super Vicky (diariamente à tarde) e As Panteras (aos sábados), além do Note e Anote com Ana Maria Braga, 25ª Hora, Cidade Alerta com Ney Gonçalves Dias, Especial Sertanejo com Ricardo Costa, Ratinho Livre com Ratinho e Quarta Total com Gilberto Barros.
Atualmente, a Record TV é marcada por uma fase estável. Tornou-se a segunda maior emissora nos índices de audiência, exceto aos domingos, dia que encontra dificuldades para atingir a posição contra o SBT.
O jornalismo é o pilar de sustentação da grade de programação. É o ponto forte do canal. No horário do almoço, “Balanço Geral” com Reinaldo Gottino fica na cola da líder TV Globo. Já mais tarde, Luiz Bacci no “Cidade Alerta” assegura a vice-liderança isolada com praticamente o dobro da audiência da emissora de Silvio Santos. Os dois jornalísticos com sete horas no ar são os maiores responsáveis pela estabilização no Kantar Ibope.
Por outro lado, a linha dos reality shows, sob comando de Rodrigo Carelli, enfrenta um acentuado processo de desgaste. A teledramaturgia também perdeu força, principalmente após a terceirização liderada pela produtora Casablanca. Rodrigo Faro com o seu dominical “Hora do Faro” não demonstra vitalidade contra a sua rival Eliana.
A Record TV precisa investir no esporte, que se tornou uma base fundamental na atual configuração da TV brasileira (jornalismo+esporte+entretenimento – novelas e realities). O canal conseguiu adquirir os direitos de transmissão dos Campeonatos Paulista e Carioca. Deveria lutar pela Copa do Brasil. Missão hercúlea, mas necessária.
Parabéns a todos os funcionários da atual Record TV pela celebração. Sete décadas nos lares brasileiros.
Fabio Maksymczuk