Boa tarde. Boa tarde mesmo. Palmirinha é 10! O último domingo (07/05) foi marcado por uma notícia que deixou consternados os telespectadores da TV brasileira. A querida Palmirinha Onofre morreu aos 91 anos em decorrência de problemas renais crônicos.
Tomei conhecimento do falecimento, através do seu perfil no Instagram. Apesar de utilizar pouco a rede social, sempre fui seguidor. Para quem acompanha este espaço, já sabe que sempre assisti ao “TV Culinária” na TV Gazeta. Palmirinha era uma companheira no horário do almoço. Era seu “amiguinho”.
Quando a culinarista se desligou da emissora da Fundação Cásper Líbero, sem uma merecida homenagem e de forma abrupta, criticamos veementemente a direção da TV Gazeta por tal despautério. Uma mancha indelével na história do canal. Nesta segunda (08/05), após sua morte, a emissora se mobilizou com o falecimento de uma de suas principais estrelas.
Catia Fonseca, ex-companheira de Palmirinha na Gazeta, passou verdade em sua homenagem no “Melhor da Tarde”. A apresentadora da Band enfatizou que a culinarista não era apenas uma mulher amável, mas de fibra e rigorosa em busca constante da qualidade. Focada. Trabalhadora.
Chris Flores também passou verdade em sua homenagem à culinarista no “Fofocalizando”. Relembrou sua parceria quando trabalhavam juntas na revista Contigo. Sonia Abrão também cobriu o velório no “A Tarde É Sua”. Ana Maria Braga também prestou sua homenagem no “Mais Você”.
A apresentadora, hoje na TV Globo, tinha Palmirinha como um de seus trunfos no “Note e Anote”, programa vespertino de sucesso na então TV Record. As duas, de fato, eram parceiras no vídeo. Luiz Bacci cobriu o sepultamento da culinarista e ressaltou esse capítulo da biografia na cobertura especial do “Cidade Alerta”.
O desencarne de Palmirinha mobilizou toda a TV brasileira. No domingo, Celso Portiolli interrompeu o clima festivo do “Domingo Legal” para informar sobre o acontecimento. “Fantástico”, “Domingo Espetacular”, GloboNews e CNN Brasil também deram amplo espaço na cobertura jornalística.
Palmirinha deixa seu legado na TV brasileira. A simplicidade é o exemplo a ser seguido na condução de um programa que aborda o universo da culinária. A dona de casa, em especial, se reconhecia no discurso da apresentadora. O verdadeiro Brasil estava na tela com Palmirinha.
A TV brasileira enfrenta essa lacuna. Os programas do universo gastronômico apostam em uma culinária que, muitas vezes, foge da cultura brasileira, além de ser envolvida em um clima de competição que deixa a degustação sem o clima de afetividade tão enaltecido por Palmirinha Onofre.
Minhas sinceras condolências a amigos, familiares e fãs.
Palmirinha, descanse em paz.
Fabio Maksymczuk