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    ‘O Assassinato de Daniella Perez’ remexe memória afetiva na Band

    Olá, internautas

    A Band exibiu, dentro da faixa Noites da Max, a ótima série documental “Pacto Brutal – O Assassinato de Daniella Perez”. Com direção de Tatiana Issa e Guto Barra, que também assina o roteiro, a obra de cinco capítulos reconstituiu o caso que deixou marcas indeléveis na memória afetiva de milhões de brasileiros.

    O documentário teve o mérito de enaltecer a figura de Gloria Perez que por muitas vezes, sozinha, foi atrás de provas para elucidar o tenebroso assassinato. Visitava diariamente o posto de gasolina onde o carro de Daniella foi interceptado e, pessoalmente, foi atrás dos frentistas que presenciaram o golpe dado em sua filha. Vasculhou diversas favelas no Rio de Janeiro atrás das testemunhas.

    A série documental também apresentou consistência nos fatos narrados. Do primeiro ao último, o roteiro passou coerência ao espectador. “Pacto Brutal – O Assassinato de Daniella Perez” acertou em traçar a personalidade de Guilherme de Pádua e Paula Thomaz.  O passado de cada um refletiu no crime.

    Aqui, é preciso levantar alguns pontos. O documentário não tinha como premissa fazer uma ampla investigação sobre Guilherme de Pádua, mas teria sido interessante apontar como o ator entrou na peça Blue Jeans que pavimentou sua entrada na TV Globo. Um passo para trás. A série destacou que Pádua foi o último a entrar no elenco da novela “De Corpo e Alma”, após Alexandre Frota não ter sido confirmado.

    Além disso, também era necessário frisar que Bira e Yasmin, de fato, era o “casalzão” da então novela das oito. A canção Wishing on Star entra neste contexto. Por isso mesmo, a repercussão do caso ecoou tão profundamente. De acordo com Gloria Perez, no roteiro original, a personagem de Daniella Perez chegaria ao final feliz com o personagem de Fabio Assunção. Como já aconteceu em suas outras telenovelas, o destino dos personagens poderia ter seguido outro rumo (em um ambiente evidentemente “normal”, o que já não transparecia nos bastidores). Gloria tinha iniciado a diminuição da participação de Bira na trama.

    A produção ainda confirmou especulações que ganharam espaço na mídia nos anos 90. O assassinato teve requintes do ritual de Magia Negra. Divulgarei, nas minhas redes sociais, uma reportagem da Revista Contigo, publicada em 1993, que retratava tal ponto.

    “Pacto Brutal – O Assassinato de Daniella Perez” é um trabalho jornalístico de excelência.

    Fabio Maksymczuk

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