“Mulheres”, a atração mais tradicional da programação vespertina em São Paulo, sofreu mudança na direção. Saiu Ocimar de Castro que liderava o feminino desde 2018. Entrou Rosyres Oppido que integrava a equipe do “Revista da Cidade”.
Nesses dois meses, a nova direção tateou a estrutura do “Mulheres”. Não ocorreram alterações drásticas. A primeira hora do programa vive alguns testes. O colunista Arthur Pires, em alguns dias, comandou um quadro sobre vídeos que viralizaram na internet. Ele foi separado de Leão Lobo e Tia (Guilherme Uzeda) que entravam posteriormente com o “Hora da Fofoca”.
A experiência não surtiu bom efeito. Retrocedeu. O trio retornou para o noticiário das (sub) celebridades. A mesa onde Regina e os fofoqueiros ficavam foi abolida. Agora, eles ficam melhores posicionados no estúdio.
A primeira hora da atração deveria ser totalmente dedicada a esse universo. É a antiga faixa do “Fofoca Aí” que alcançava índices satisfatórios dentro do padrão da TV Gazeta. Não concorre diretamente com “A Hora da Venenosa”, “A Tarde É Sua” e “Fofocalizando”.
Os quadros de culinária deveriam ser reduzidos. Normalmente, há dois momentos dedicados à preparação de receitas. Com a extinção do “Casos de Família” e a lembrança que o telespectador ainda possui de Regina Volpato na atração do SBT, “Mulheres” poderia abrir espaço a debates com temas sobre o universo da “nova família brasileira”. Desse modo, capturaria o público que sente falta do “Casos”.
O programa “Mulheres” tem a missão árdua de ocupar quatro horas diárias na programação ao vivo. Entradas do jornalismo também seriam bem-vindas. A diversificação da linha editorial é uma saída.
Fabio Maksymczuk