No último sábado (29/04), “Caldeirão com Mion” ganhou uma novidade. O programa da TV Globo estreou o quadro “ABC do Mion”. Dois anônimos são desafiados a identificar se os famosos falam verdade ou mentira sobre questões, basicamente, do currículo escolar (há também perguntas sobre entretenimento).
Desde a sua estreia na emissora platinada, Mion raramente aposta em “anônimos” no palco do Caldeirão. O apresentador explora o elenco da Globo e convidados famosos em suas gincanas. Os “populares” perderam muito espaço na nova configuração.
Huck, por exemplo, trazia “pessoas do povo” no quadro “Tem ou Não Tem”. A família lutava para conquistar o almejado prêmio de 30 mil reais. Com Mion, atores e atrizes ganham exposição na disputa para basicamente aparecer na mídia. Mudança brusca e equivocada.
“ABC do Mion” segue o rastro do “Acredite em Quem Quiser” do Domingão com Huck. Só que com sinais trocados. Lá, os famosos devem adivinhar se o trio de anônimos conta uma história real ou falsa.
Na edição de estreia, o quadro lembrou a “Escolinha do Professor Raimundo”. De um certo modo, Mion personificou o personagem de Chico Anysio. Os “alunos” Dani Calabresa, Jojo Todynho, Lucio Mauro Filho, Luis Miranda, Mariana Santos e Welder Rodrigues respondem a indagações do apresentador que vão de Ciências a Matemática.
É uma novidade para um programa formatado basicamente em dois quadros com duração longa, como o Segue o Som e Caldeirola que se alternam na estrutura da atração. “Caldeirão com Mion” deveria diversificar, ainda mais, as atrações e sempre trazer novidades no palco. Quebrar as amarras. “Caldeirão” é um programa com a cara do SBT, mas sem o calor da emissora de Silvio Santos.
Fabio Maksymczuk