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Nesta segunda-feira (22/11), a Record TV exibiu o último capítulo de “Gênesis”. A fase “José”, protagonizada por Juliano Laham, superou a expectativa. A história do sétimo ciclo já era amplamente conhecida do telespectador da emissora que produziu e reprisou, em algumas oportunidades, a minissérie “José do Egito”.
Diante do desafio, os autores Camilo Pellegrini, Raphaela Castro e Stephanie Ribeiro foram sagazes. Criaram histórias paralelas que rodeavam a saga do filho de Israel/Jacó em território egípcio. Dessa forma, a fase ganhou ares de ineditismo. A disputa entre os faraós Sheshi (Fernando Pavão) e Apepi (Jorge Lucas), por exemplo, apareceu com destaque. Aliás, Apepi somente foi revelado no último capítulo. Os desfechos de diversos personagens ficaram em aberto, como da primeira esposa real, Merianat (Samia Abreu), que não foi descoberta. Ela era aliada de Apepi.
Os autores também acertaram em terminar “Gênesis” com uma grande festa, ao invés das mortes de Jacó e José em pleno último capítulo. A novela foi a melhor produzida pela Casablanca. A produtora terceirizada e Record TV realizaram um ótimo trabalho. Superaram o desafio de gravar uma superprodução em plena pandemia. Missão cumprida.
A seguir, os pontos positivos e negativos de “José”.
PONTOS POSITIVOS
Thiago Rodrigues (Judá) – além das histórias paralelas que trouxeram ar de ineditismo à fase José, os autores também destacaram Judá, personagem importante na saga dos filhos de Israel/Jacó. O ator sobressaiu na produção.
Leticia Almeida – a jovem atriz trouxe doçura à personagem Asenate.
Petrônio Gontijo (Israel/Jacó) – o ator, já veterano em produções da Record TV, trouxe a sua experiência ao patriarca da família de 12 filhos.
Felipe Cunha (Ruben): bom trabalho ao viver o então primogênito de Israel/Jacó.
Val Perré (Potifar): o ator ganhou uma ótima oportunidade ao interpretar o general egípcio.
Paulo Verlings (Shareder): o ator liderou uma das histórias paralelas que ganhou destaque na obra. O telespectador ficou ao lado do personagem que conquistou simpatia graças à sua atuação.
Amaurih Oliveira (Teruel): bom trabalho do ator que interpretou um dos aliados de Apepi.
Dudu de Oliveira (Abumani) – bom trabalho do ator que interpretou o melhor amigo de José.
Diogo Sales (Kaires): bom trabalho do ator que viveu um dos triângulos amorosos das histórias paralelas. “Gênesis” teve o mérito de dar espaço a dezenas (ou centenas) de atores que buscam seu espaço na teledramaturgia.
PONTO NEGATIVO
Juliano Laham (José fase adolescente) – na minissérie, dois atores interpretaram as fases distintas de José. Na novela, Juliano Laham assumiu o desafio de encarnar o protagonista desde a adolescência. O ator, que já está à beira de completar 30 anos, interpretou um jovem de 16 anos. Tentou rejuvescener pela interpretação, mas não convenceu. Decisão polêmica da direção. Por isso mesmo, os autores, em determinado momento, ressaltaram que o personagem, agora governador, já estava com 30 anos. Idade mais próxima do ator. E não ocorreu o processo de envelhecimento. Sem barba e sem cabelos, quiçá, ficou com a aparência mais jovem que na primeira fase do personagem. Apesar disso, nas fases mais emocionantes de José na reta final, o ator se entregou de “corpo e alma”, principalmente no reencontro com seus irmãos e seu pai no Egito. No geral, Laham realizou um bom trabalho. A direção deveria ter optado por um ator adolescente no início do sétimo ciclo de “Gênesis”.
Fabio Maksymczuk