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Após o encerramento de “A Rainha da Pérsia”, a Record resolveu trilhar um novo caminho no horário nobre. A emissora da Barra Funda apostou em uma novela turca para tapar o buraco até a exibição de mais uma temporada da série “Reis”.
“Força de Mulher” é o título da produção que ocupa a faixa horária das 21 horas. Até aqui, garante a vice-liderança isolada ao redor dos 6 pontos de média. A história conta o drama de Bahar, interpretada pela atriz Özge Özpirinçci, que enfrenta muitos obstáculos para criar os dois filhos Nissan (Kübra Süzgün) e Doruk (Ali Semi Sefil).
Além dos perrengues do dia a dia, a novela explora o mistério sobre o desaparecimento do companheiro de Bahar, Sarp Çe_meli (Caner Cindoruk). A meia-irmã da mocinha, Şirin Sarıkadı (Seray Kaya), apresenta envolta nesta história. A cada capítulo, surge uma peça do quebra-cabeça.
Uma das cenas mais tocantes passou nos primeiros capítulos. Sem dinheiro, Bahar foi até um órgão governamental para pedir uma espécie de “bolsa família”. Os burocratas não quiseram ajudá-la. Em um ato de desespero, ela pediu esmola a um desses homens, já que seus filhos precisavam comer.
No capítulo exibido na última quarta (21/08), Bahar preparou biscoitos para que seus filhos participassem de uma espécie de quermesse. Eis que pombos comeram e esfacelaram. Mesmo assim, com as dificuldades financeiras, os filhos levaram os biscoitos esfarelados e também comeram os petiscos devorados pelas aves.
“Força de Mulher” conta com uma história focada em um eixo principal. Não há uma profusão de histórias paralelas. Não há dezenas de personagens. É uma história simples e universal. As mulheres, principalmente, se identificam com o sofrimento da mãe batalhadora. Da Turquia ao Brasil.
E uma novela que foge de ideologias políticas. Não há personagens homossexuais. Não há abordagem sobre assuntos que polemizam a sociedade. É o velho folhetim em seu estado mais bruto. Uma mãe que luta pelo bem-estar de seus filhos. O patamar de audiência da novela “Força de Mulher” semelhante às recentes produções bíblicas aponta um caminho para a teledramaturgia nacional da Record.
Fabio Maksymczuk