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    Documentários na TV Cultura e TV Senado se complementam sobre Ditadura Cívico-Militar

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    Olá, internautas

    No último domingo (19/05), a TV Cultura exibiu o interessante “Os Caminhos da Democracia – 1932 – 1977: a história do Movimento Estudantil no Brasil” com pesquisa, roteiro e redação do jornalista e professor Gabriel Priolli. O documentário com cerca de uma hora e meia de duração fez um resgate dos momentos mais icônicos da participação dos estudantes, especialmente universitários, na política brasileira no recorte dos 45 anos pretendidos pela produção.

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    O documentário da TV Cultura poderia ter aproveitado a efeméride de 92 anos, completada na última sexta-feira, 23 de maio, do assassinato dos jovens Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo que gerou a sigla MMDC, marca da Revolução Constitucionalista de 1932. O episódio apareceu, de relance, no início da atração.

    O foco recaiu no Regime Cívico-Militar e, em especial, no período mais duro da chamada “Ditadura Cívico-Militar”. A morte de Alexandre Vannucchi Leme, estudante de Geologia da USP, em 1973, foi relembrada. Muitos uspianos de hoje desconhecem o episódio que não ganhou a mesma repercussão do assassinato do professor da Universidade, Vladimir Herzog.

    Na realidade, o período político entre 1964 a 1985 não ganhou, até hoje, debates mais aprofundados e produções audiovisuais com grande repercussão na sociedade brasileira. O “varrer para debaixo do tapete” contribuiu para a atual eclosão da extrema-direita em nosso País.

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    Recentemente, a TV Senado exibiu o documentário “Cidadão Boilesen”, de Chaim Litewski, montado por Pedro Asbeg. O filme focou no empresário que tinha o hábito de assistir as sessões de tortura durante a Ditadura Cívico-Militar, além de ter ressaltado como o empresariado e multinacionais patrocinavam as missões de captura dos chamados “subversivos” ao Regime (Operação Bandeirante – Oban), como ocorria a pressão dos militares na busca de recursos financeiros e a citação especial à FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Esse retrato é ainda mais camuflado na análise do período. Por isso, a inclusão do vocábulo “Cívico” é condizente. O documentário fez questão de ressaltar que Antonio Ermirio de Moraes foi um dos empresários que negou contribuição para tais operações.

    “Os Caminhos da Democracia – 1932 – 1977: a história do Movimento Estudantil no Brasil” e “Cidadão Boilesen” encontram-se disponíveis no YouTube. Fica a dica.

    Fabio Maksymczuk

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