A Disney anunciou uma grande mudança no seu portfólio de streaming: a marca Hulu será integrada à oferta internacional do Disney+, substituindo a marca Star, que até então reunia filmes, séries e conteúdos adultos da Disney e dos estúdios Fox para o público brasileiro. A mudança acontecerá em todos os mercados internacionais, incluindo o Brasil.
A iniciativa, já em prática nos Estados Unidos e Canadá, faz parte da estratégia da Disney de consolidar suas ofertas em um só aplicativo e fortalecer a marca Hulu internacionalmente. O CEO Bob Iger confirmou que o objetivo é tornar o Hulu uma marca global de entretenimento geral, alinhando o serviço latino-americano à experiência norte-americana: Disney+ para toda a família e Hulu para o público adulto.
Ainda não foi definida a data exata do rebranding no Brasil, mas por aqui a Disney já iniciou a transição, com a integração dos conteúdos do antigo Star+ ao Disney+, em julho de 2024.
Segundo executivos da empresa, a mudança simplifica o acesso ao catálogo, melhora a experiência do usuário e acompanha o movimento internacional da companhia para unificar e dar mais força à identidade Hulu nos principais mercados de streaming mundo afora.
O que é o Hulu
Hulu foi fundado em 2007, nos Estados Unidos, como uma joint venture entre gigantes da mídia: NBCUniversal, News Corporation (posteriormente 21st Century Fox), Providence Equity Partners e, pouco depois, a Walt Disney Company. Seu principal objetivo era competir com o crescente sucesso do YouTube e outros serviços emergentes de vídeo online, além de combater a pirataria e desenvolver um modelo de streaming que fosse lucrativo para os detentores de conteúdo tradicional.
Lançamento e crescimento
O Hulu foi disponibilizado ao público em março de 2008, inicialmente oferecendo acesso gratuito e suportado por anúncios a episódios recentes de séries das redes fundadoras, além de filmes e outros programas. Logo se destacou ao permitir que muitos desses episódios estivessem disponíveis no dia seguinte à exibição original na TV, estratégia que diferenciou a plataforma de concorrentes como o Netflix, que focava mais em filmes e séries completas.
Em 2010, passou a oferecer o “Hulu Plus”, uma assinatura paga que liberava temporadas completas de séries e lançamentos, além de acesso imediato a novos conteúdos. Aos poucos, Hulu também investiu em produções originais e, em 2017, lançou o serviço “Hulu com Live TV”, ofertando canais de TV ao vivo por streaming, ampliando seu alcance para competir com pacotes de TV tradicionais e outros serviços digitais.
Propriedade da Disney
A estrutura acionária da Hulu foi bastante dinâmica ao longo dos anos, contando com participações de outros gigantes como WarnerMedia (AT&T) e Comcast (NBCUniversal). Em 2019, a Disney adquiriu a 21st Century Fox, aumentando sua participação para cerca de 60%, e, em acordos subsequentes, assumiu o controle operacional total da Hulu, com a Comcast concordando em vender sua participação restante.
Em 2024 e 2025, a Disney finalizou a aquisição de 100% da Hulu, consolidando-a como parte fundamental da sua estratégia de streaming global. Agora, a Disney planeja globalizar a marca Hulu, substituindo a marca “Star” por Hulu nos mercados fora dos EUA, tornando o serviço mais relevante e reconhecido internacionalmente.