Chegamos a mais um domingo, e com ele, a nossa coluna “Dez ou Desce” para destrinchar os destaques (e os desastres!) da telinha e das telonas. Nesta semana, celebramos uma obra que homenageia um dos maiores ícones da nossa música e lamentamos a situação de um canal que, infelizmente, ainda não encontrou seu lugar ao sol.
Nota 10: “Homem com H”
A nota máxima desta semana vai para o filme “Homem com H”, que, além de ainda estar em cartaz nos cinemas brasileiros, chegou na última semana ao serviço de streaming Netflix. O longa é um mergulho nas diferentes fases da carreira do inigualável Ney Matogrosso, desde sua infância e adolescência até a vida adulta. É uma jornada no tempo que acompanha um rapaz de origem humilde que desafiou preconceitos e se tornou um artista de influência monumental.
A produção se destaca pela boa fotografia, que complementa a narrativa visualmente rica. Além disso, o filme provoca uma discussão importante sobre o mês do orgulho LGBTQIAP+, celebrado em 28 de junho, mostrando como um artista que sempre causou desconforto em parte do público conseguiu se manter em destaque e relevância aos 83 anos de idade.
O grande trunfo de “Homem com H” é a interpretação de Jesuíta Barbosa. O ator entrega um trabalho corporal impressionante e, em muitos momentos, dá a nítida impressão de ser o próprio Ney Matogrosso em cena. A dedicação e a entrega de Jesuíta fazem valer cada minuto do filme. É uma obra que vale muito a pena assistir, tanto pela história fascinante quanto pela performance memorável.
Nota 0: Times Brasil Licenciado CNBC
No lado oposto da nossa balança, a nota zero vai para o canal Times Brasil Licenciado Exclusivo CNBC. Infelizmente, o canal parece ainda não ter se encontrado e não conseguiu cativar o público. A situação é ainda mais crítica para quem acompanha pela parabólica, onde a qualidade do áudio é notória e problematicamente baixa, dando a sensação de estar ouvindo o canal em uma TV velha dentro de um cano igualmente velho.
Além do áudio precário, em muitos momentos a tela fica completamente poluída. São tantas informações que se acumulam, que o público acaba mais confuso do que bem informado. E, por falar em confusão, a mudança de nome e adoção do tal “Times Brasil Licenciado Exclusivo CNBC” chega quase a ser ofensivo. Ninguém vai chamar desta forma nunca!