Olá, internautas
Como amplamente previsto, “Chega Mais” chegou ao derradeiro fim nesta sexta-feira (06/12). A grande aposta do SBT para as suas manhãs naufragou com erros crassos de planejamento e visão sobre a história da própria emissora e mercado televisivo.
Um programa com quatro longuíssimas horas diárias de duração foge da instantaneidade que marca a comunicação contemporânea. Isso logo afastou o público que poderia ser convencido a trocar de canal, já que “Hoje em Dia”, “Mais Você”, “Encontro” e até “Jogo Aberto” são programas solidificados há mais de uma década.
O matinal também desrespeitou o próprio retrospecto do SBT com revistas eletrônicas. “Olha Você” terminou melancolicamente com breves meses no ar. “Vem Pra Cá” também não conquistou grande repercussão.
“Chega Mais“ careceu de uma personalidade forte e marcante com um comunicador à frente que simbolizasse a nova fase das manhãs do canal. Michelle Barros e Paulo Mathias não encarnam a imagem do SBT. O matinal precisaria de uma figura popular.
Regina Volpato foi muito mal explorada na atração. A jornalista deveria ter resgatado a sua persona de “cronista dos relacionamentos humanos”, conforme repercute até hoje nas redes sociais, e não ter ficado na cozinha. SBT não é TV Gazeta.
No último programa, logo na abertura, Paulo Mathias mandou um beijo especial para a sua esposa em virtude do aniversário. Notícias sobre criminalidade ganharam amplo espaço na primeira meia hora. Mais parecia o “Tá na Hora” às 9 da manhã.
O programa enfrentou a dificuldade de encontrar uma identidade uniforme. Depois do segmento com noticiário policial, entrou o “reality patrocinado” A Melhor Salada de Maionese do Brasil.
Por fim, entrou o bobo quadro “É Doce ou Não É” com uma disputa entre representantes da Praça é Nossa e do Ratinho. Tentativa de popularizar a atração. Ficou apenas na tentativa.
“Chega Mais” é mais um capítulo triste da história do SBT. E como presente de fim de ano, a gestão Daniela Beyruti – Mauro Lissoni “presenteará” o público com Marcão do Povo em suas manhãs.
Fabio Maksymczuk