No último domingo (16/07), Craque Neto comandou o retorno do “Apito Final” à grade de programação da Band. A atração ficou marcada na memória do telespectador nos áureos tempos de Luciano do Valle. Nos anos 90, o programa abordava outros esportes, além do futebol.
Nesta primeira edição, “Apito Final“ ficou basicamente restrito ao universo futebolístico. O medalhista olímpico Mauricio, símbolo da era de ouro do vôlei masculino, foi um dos convidados que furou tal bolha. Além disso, o programa contou com a participação do técnico do São Paulo, Dorival Jr, entrevista, via on-line, com Zico, além de uma matéria com a mãe do apresentador, Dona Cida, que revelou peculiaridades da infância do eterno ídolo corintiano.
O “politicamente correto” marcou a estreia da nova fase da atração com a presença de Livia Nepomuceno e Marília Ruiz. A entrada de mulheres na cobertura futebolística é uma preocupação dos executivos da televisão brasileira. Porém, nem sempre funciona a contento, vide o que ocorre na TV Globo.
Como já era previsto antes mesmo da estreia, Livia e Marilia não se encaixaram com Neto que é, de fato, a maior atração do “Apito Final”. O programa precisa do DNA do “craque”. Espontâneo. Irreverente. Até mesmo, politicamente incorreto (como ocorreu em seus comentários sobre o furto sofrido nos arredores da Band). Neto passa a sua verdade e consegue capturar a atenção do telespectador. O ex-jogador é uma figura popular.
Em um determinado momento na estreia, Marilia entoou o vocábulo “díspares”. Neto interveio e explicou o significado do vocábulo. O apresentador precisaria ficar ao lado de comentaristas que passassem um clima de “resenha”. Bate-papo de amigos, como ocorria nos tempos de Luciano do Valle.
O novo “Apito Final” precisará de ajustes.
Fabio Maksymczuk