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    “A Rainha da Pérsia” segue rastro de “Reis”

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    Nesta semana, “A Rainha da Pérsia” estreou na programação da Record. A emissora continua a apostar suas fichas em tramas inspiradas em textos bíblicos. Mesmo com os índices modestos de “Reis”, o canal continuou a seguir o mesmo padrão da produção anterior.

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    Cristiane Cardoso, filha de Edir Macedo, permanece no comando do texto. A produtora terceirizada Seriella Productions também continua responsável pelas gravações. Por isso mesmo, “A Rainha da Pérsia” passa a impressão de ser mais uma temporada de “Reis”.

    Por consequência, os mesmos entraves continuam. “A Rainha da Pérsia” não passa um ritmo dinâmico. Em alguns momentos, há pausas, sem fala alguma, entre os diálogos. O filtro da imagem também é outro empecilho, especialmente quando as cenas são gravadas nos ambientes internos. A cor perde a intensidade na tela.

    Por outro lado, a cidade cenográfica externa cumpre a sua função em tentar trazer o clima de “superprodução”. A sequência de cenas que retratou a guerra entre Pérsia e Grécia foi o melhor momento da produção nos primeiros capítulos. Outro acerto surgiu logo nos primeiros minutos da estreia. O ator Hall Mendes traçou um intervalo histórico entre o encerramento de Reis com os reinos do Sul e do Norte até a chegada de “Hadassa”. Centenas de anos entre as histórias.

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    Camila Rodrigues, que interpreta a vilã Améstris, é o grande destaque do elenco, até aqui. A atriz traz a intensidade necessária no vídeo. A novata Nathalia Florentino interpreta a protagonista Ester. Carlo Porto, que já tinha trabalhado em Gênesis e Reis, reaparece como o rei Xerxes.

    A Record já tinha contado a trajetória da judia no império persa em “A História de Ester” com êxito. Uma boa minissérie protagonizada por Gabriela Durlo e Marcos Pitombo. Agora, “A Rainha da Pérsia” apresenta uma nova proposta com uma estética totalmente diferente da versão de 2010.

    A missão da teledramaturgia da Record seria ampliar o universo de telespectadores em suas produções. O desafio de “A Rainha da Pérsia” é sair da bolha do público mais religioso. A conferir.

    Fabio Maksymczuk  

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