Nesta semana, a TV Globo estreou a reprise de “Paraíso Tropical” no Vale a Pena Ver de Novo. A novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares sucede a ótima Mulheres Apaixonadas, uma das melhores produções dos anos 2000.
A faixa da reprise serve para alavancar a audiência do horário nobre da emissora. Sucede “Sessão da Tarde” que não sustenta os índices da ótima “Mulheres de Areia”. Atualmente, “VPVN” fica ao redor dos 15 pontos de média. Em alguns dias, o remake desastroso de “Elas por Elas” não sustentou a audiência herdada de “Mulheres Apaixonadas”.
Por isso mesmo, a escolha da nova reprise teria que ser certeira para não rebaixar ainda mais o canal no Kantar Ibope com suas problemáticas novelas das seis e das sete. O velho “efeito cascata”. A direção tirou da cartola “Paraíso Tropical”, novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, que não entrou na galeria de melhores novelas da década.
Em 2007, no nosso antigo espaço no UOL, publiquei o balanço final da trama com o título “”Paraíso Tropical”: uma novela que apenas passou”. No artigo, destaquei que “as tramoias, maldade, inveja, enfim, sentimentos negativos, sobressaíram na tela da tevê em doses “cavalares”. “Paraíso Tropical” é uma obra soturna.
Pelo olhar da exibição original, “Paraíso Tropical” terá a missão de sustentar os índices de “Mulheres Apaixonadas”. Dificilmente, elevará a audiência do canal. Teria sido mais interessante a direção ter escalado “América”, da autora Gloria Perez, que nesta semana estreou na programação do canal VIVA.
Fabio Maksymczuk