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    Record TV desperdiça efeito Gênesis com “Todas as Garotas em Mim”

    Olá, internautas

    Nesta semana, um fato chamou a atenção nos números de audiência da Record TV. A emissora desabou nos índices em pleno horário nobre com a estreia de “Todas as Garotas em Mim”. A série escrita por Stephanie Ribeiro, sob direção de Rudi Lagemann, destoa das produções exibidas na faixa horária pela emissora.

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    “TAGEM” busca um público jovem que, teoricamente, já se encontra na concorrente “Poliana Moça”. Considerável parte dos telespectadores das telenovelas recordianas deixou o canal. Uma verdadeira hecatombe. Médias entre 4 e 5 pontos. “Gênesis” chegava a 16 pontos.

    Desde o encerramento da novela de Adão, Noé, Abraão, Isaac e Jacó, a Record TV desperdiçou os números conquistados. Exibiu reprises das suas produções inspiradas nos textos bíblicos, inclusive a própria Gênesis que tinha chegado naquele momento ao fim. Reforçou o desgaste.

    Após isso, abandonou o filão novela para entrar em séries. Uma das hipóteses pode recair na pandemia da Covid-19. Produções mais curtas. “Reis” já tinha derrubado os índices da emissora da Barra Funda. “TAGEM” piorou ainda mais.

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    Nestes primeiros capítulos, o sotaque gaúcho imposto ao elenco, já que a história é ambientada na Região Sul do País, fortaleceu a artificialidade dos diálogos entre os personagens. O pronome “tu” reforça a impressão.

    O roteiro que aborda o universo dos influenciadores digitais não abraça o público tradicional da emissora. Por isso mesmo, ocorreu uma debandada de telespectadores. A história de Sansão e Dalila, já narrada no canal, ganhou uma nova ótica. Agora com uma visão juvenil. É uma forma de reciclar a temática com outro viés. Desgaste.

    A experiência de Adriana Garambone, que interpreta a avó Isis, sobressai no elenco formado majoritariamente por jovens. O ator Diego Kropotoff, que vive o “nerd” Erick, também é outro destaque positivo.

    A derrocada de “TAGEM” logo em sua semana de estreia lembra o desastre de Metamorphoses que iniciou a estratégia “A caminho da liderança” nos anos 2000. Apostar em séries é um erro em um horário que já tinha sido consolidado por novelas.

    Fabio Maksymczuk

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