Na última segunda-feira (11/03), o SBT iniciou a reformulação da grade de programação. A emissora de Silvio Santos estreou “Chega Mais”, sob comando de Regina Volpato, Michelle Barros e Paulo Mathias.
O novo matinal não despertou grande interesse no telespectador. O primeiro programa registrou 2,6 pontos de média. A emissora não elevou os índices de audiência em um dia que causaria curiosidade.
“Chega Mais” já inicia com um problema grave. A atração apresenta a longa duração de quatro horas diárias no ar. O novo matinal vai na contramão das produções contemporâneas com a instantaneidade da informação. O ideal seria, no máximo, duas horas.
Além disso, o retrospecto do SBT em revistas eletrônicas é ruim. “Olha Você” e “Vem Pra Cá” não deixaram boas lembranças no telespectador. A emissora, nestas duas edições do “Chega Mais”, passa a impressão de não ter aprendido com os erros.
A estreia ficou marcada pelo ritmo arrastado. Faltou vibração. Faltou energia. Faltou entusiasmo. Regina Volpato apareceu como culinarista. Ensinou uma receita. Na realidade, a jornalista deveria retomar a verve de liderança em debates. “Casos de Família” foi o auge de sua carreira na televisão. O público deseja acompanhar a elegância da apresentadora no comando de pautas que tragam o seu universo diário.
Michelle Barros ficou responsável pelo noticiário nos primeiros minutos do novo matinal. Tenta segurar os índices herdados do “Primeiro Impacto” que antecede na programação. O mesmo acontece com o concorrente direto “Hoje em Dia”. Já Paulo Mathias tenta trazer o olhar masculino na revista eletrônica.
Carlos Alberto de Nóbrega e uma liderança evangélica foram os convidados do primeiro programa. O apresentador da “Praça” falou sobre o seu acidente de quatro meses atrás. Já Deive Leonardo trouxe um tom religioso na atração.
“Chega Mais” precisa chegar mais no público com uma temperatura quente. Sair do “blasé”. Investir em pautas criativas. O programa estreou sem empolgar.
Fabio Maksymczuk