Nesta semana, a TV Globo estreou “Amor Perfeito”. A nova novela das seis, assinada por Duca Rachid e Júlio Fischer com direção artística de André Câmara, apresentou uma primeira fase com mau desenvolvimento.
Em ritmo acelerado, as histórias foram jogadas de uma maneira fugaz. Marê (Camila Queiroz) e Orlando (Diogo Almeida), o casal protagonista, mal se esbarraram, apaixonaram, separaram abruptamente e até uma repentina gravidez passou pelos capítulos.
Olimpia (Analu Prestes), uma das personagens mais queridas nesta primeira semana, morreu abruptamente. De uma hora para outra. O telespectador ficou pouco envolvido com a trama. O mesmo ocorreu com “Travessia” que, até hoje, colhe os maus frutos dos primeiros capítulos mal desenvolvidos.
Todas o desenrolar da apresentação dos personagens e suas tramas deveria ser destrinchado em duas semanas. E não apenas em quatro capítulos. A estratégia de “Vai na Fé”, com os flashbacks que contextualizam o passado dos protagonistas, dentro da narrativa, poderia ter sido empregada.
O início da nova novela das seis lembra “Além da Ilusão”. Mesmo período histórico. Assassinato. Tiroteio. Julgamento. Tribunal. Prisão injusta. Desencontro amoroso.
“Amor Perfeito” iniciou com andamento imperfeito.
Fabio Maksymczuk
Foto: Globo/João Miguel Júnior