10 ou Desce: Expansão da cultura e o efeito soneca do Prêmio Multishow

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Nesta quarta-feira, a coluna 10 ou Desce celebra a democratização da informação que chega do Centro-Oeste e lamenta o desastre apático da premiação musical que, ironicamente, deveria ser o ápice da energia pop. Prepara o controle remoto e a xícara de café, porque a diferença entre o 10 e o Zero desta semana é abissal.

Nota 10: TBC na Parabólica Digital

A nota máxima vai para uma notícia que merece aplausos de pé: a chegada iminente da TBC (TV Brasil Central) na parabólica digital (Banda KU). Sediada em Goiânia e com uma relevância histórica no Centro-Oeste do país, a emissora – que é afiliada da TV Cultura – agora se prepara para expandir seu sinal para todo o território nacional.

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Por que isso é um 10? Porque a TBC é mais do que apenas uma retransmissora da Cultura; ela é uma geradora de conteúdo regional que serve como um importantíssimo polo de produção de informação e programas que refletem o dia a dia e a cultura de Goiás e do Centro-Oeste.

Em um cenário onde a televisão aberta brasileira é quase totalmente centralizada no eixo Rio-São Paulo (seja em termos de notícias, entretenimento ou até mesmo sotaques), a entrada da TBC na parabólica é um ato de democratização. Finalmente, o Brasil poderá ter um acesso facilitado a uma janela cultural que não se limita à ponte aérea. Parabéns à TBC por levar a cultura goiana para todo o país e que sirva de inspiração para outras geradoras regionais.

Nota Zero (Desce): O Prêmio Multishow (2025)

Chegamos à nota zero, ou melhor, ao “Desce!” com força, para o Prêmio Multishow deste ano (2025), exibido nesta última terça-feira pela TV Globo e Multishow. Se o objetivo do evento era celebrar a música pop nacional, o que foi entregue foi um sonífero em formato de gala.

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A premiação foi apática, perdida e sem qualquer emoção ou punch. A gente sabe que premiação musical é sempre um desafio no Brasil, mas esta edição conseguiu a proeza de ser esquecível antes mesmo de terminar.

Os problemas? Vamos à lista da desgraça:

  1. Carisma Zero dos Apresentadores: O line-up de hosts parecia ter sido escalado para um seminário de finanças (perdão, amigos Faria Limers), e não para uma festa de música. Faltou química, sobrou o famoso “engessamento Globo”, deixando o espectador com uma vontade constante de mudar de canal ou, sinceramente, desligar a TV.

  2. Premiação Misteriosa: A lista de vencedores parecia ter saído de uma realidade paralela, coroando artistas que são, no mínimo, desconhecidos do grande público. Não havia buzz, não havia surpresa, apenas a constatação melancólica de que a premiação está cada vez mais distante da audiência real.

  3. A Salvação de Gil: O único respiro digno de nota foi a homenagem a Gilberto Gil, um ícone que conseguiu injetar, sozinho, mais história e emoção do que as horas restantes do evento.

Em resumo, o Prêmio Multishow 2025 foi um atestado de que é possível ter um palco gigante e produção caríssima e, ainda assim, produzir um evento chato e irrelevante. Um show de luzes que não iluminou ninguém.

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