O reality “Big Brother Brasil” enfrentou um dos momentos mais turbulentos de sua história na atual temporada. MC Guimê e Cara de Sapato ficaram “encantados” com Dania Mendez e passaram do ponto com a mexicana vinda do “La Casa de Los Famosos”, da Telemundo.
O intercâmbio entre os dois realities manchou a imagem dos brasileiros acusados de “assédio sexual”. Guimê passou a mão nas nádegas da morena sem consentimento. Já Sapato forçou um beijo.
Como já dito neste espaço, “BBB” vive a sua terceira fase. Pautas sociais entraram na “casa mais vigiada do Brasil”, desde, especialmente, a décima oitava edição. O reality transformou-se em um microcosmo da sociedade brasileira. O machismo é tema recorrente de discussões. E isso, mais uma vez, apareceu na atração da TV Globo.
Dentro do atual contexto do “BBB” e dos atuais valores defendidos pelo Grupo Globo que ganham espaço em toda a programação, a emissora acertou na eliminação de Guimê e Antonio Sapato.
O funkeiro tentou incorporar a imagem de “jogador racional”. Mirou no vencedor do BBB22, Arthur Aguiar, e acertou em Lucas Selfie, que também tinha essa pretensão, mas saiu derrotado de “A Fazenda 12” e “Ilha Record” sem deixar uma imagem positiva. Já o lutador de MMA era uma figura apática e apagada no “BBB23”. Já deveria ter sido eliminado no confronto com Fred Nicácio.
Para contornar a saída dos dois integrantes do Grupo Deserto, a direção do “BBB” resolveu inovar e apostar em uma repescagem entre todos os eliminados. Os dois mais votados pelo público terão uma enorme vantagem no jogo. Entrarão com informações privilegiadas e “com gás”, já que os demais competidores estão confinados há dois meses. Iinjusto.
Dentro das circunstâncias, teria sido menos pior a entrada dos ex-Casa de Vidro, Giovanna Leão e Manoel Vicente, que poderiam ser vistos como eventuais substitutos. Eles funcionariam como uma novidade. Os eliminados já conhecem a dinâmica do jogo e da casa em minúcias.
Fabio Maksymczuk
Foto: Globo/Paulo Belote