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    Novo “Mulheres” enfrenta enormes desafios

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    Olá, internautas

    O programa “Mulheres” é o mais tradicional das tardes na TV paulistana. A atração, prestes a completar 43 anos, entra em uma nova fase desafiadora dentro do atual panorama da TV Gazeta.

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    A emissora, debilitada com extensas faixas alugadas para igreja evangélica, agora aposta em Regiane Tápias e Pâmela Domingues para comandarem a grade vespertina do canal.

    Na estreia, o texto ressaltou que o “Mulheres” é uma revista eletrônica que volta a ser liderada por duas apresentadoras, como ocorria em seu auge com Ione Borges e Claudete Troiano. Ao mesmo tempo, o discurso foi direcionado exclusivamente para as mulheres. Nenhuma menção, mesmo que singela, aos homens que também acompanham a atração (mesmo que seja parcela minoritária). Erro de percepção sobre o público.

    Nestas quase duas semanas da nova fase, a nova direção que sucedeu o experiente Ocimar de Castro ainda não acertou a composição das duas apresentadoras no vídeo. “Hora da Fofoca”, por exemplo, conta com cinco pessoas na tela. Um exagero. Regiane e Pâmela ficam, ao mesmo tempo, no comando do quadro. Qual é a necessidade disso? Não sabemos. A cada dia, apenas uma apresentadora lideraria o trio de “fofoqueiros”. Esse seria o cenário ideal. Revezamento.

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    Para amenizar a situação, Arthur Pires, o Tutu, retornou à redação, como nos tempos do “Fofoca Aí” na segunda-feira (08/08). Poucos minutos depois, reapareceu no estúdio. Já na terça (09/08), permaneceu no estúdio. Na quarta (09/08), retornou à redação. Nesta quinta (10/08), retornou ao estúdio. Zigue-zague desnecessário.

    Nos tempos de Ione-Claudete, cada apresentadora tinha o seu espaço definido. Uma jogava para a outra. Até aqui, isso não aconteceu no novo “Mulheres”. A direção insistiu até em juntar as duas no quadro da Transformação de Sylvio Rezende. Sem necessidade alguma.

    A escolha de uma dupla de apresentadoras cabe dentro de um programa com longa duração de três horas e meia. A carismática Regiane Tápias merece a oportunidade. Porém, pelas redes sociais, é notória a rejeição ao nome de Pâmela Domingues à frente do “Mulheres”.

    Diferente do que defendeu Flavio Ricco em sua coluna, Pâmela não está sendo atacada ou perseguida por ser a filha da superintendente da programação, Marinês Rodrigues, mas sim por suas perceptíveis limitações no vídeo nesses 15 anos (desde os primórdios do BestShop TV). A insistência em “Pam” é apenas a ponta do iceberg dos equívocos cometidos pela cúpula da TV Gazeta que redundam em uma programação cada vez raquítica.

    “Mulheres” perdeu fôlego nos índices de audiência, desde a saída de Catia Fonseca, em 2017. Parte do público do feminino migrou com a apresentadora para a Band. A nova direção teria que alterar a linha editorial do “Mulheres” para tentar reverter o quadro. O tradicional programa chega atualmente a registrar 0,1 ponto. Um décimo. A referência de sua coirmã CNT deveria servir como exemplo a não ser seguido.

    A TV Gazeta deveria mobilizar todas as suas forças para reabilitar o “Mulheres”. A nova fase inicia com enormes desafios. Começou mais enfraquecido.

    Fabio Maksymczuk

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