Olá, internautas
Nesta semana, o “Jornal Nacional” promoveu, de uma maneira mais consistente, a promoção da Reforma Administrativa que atinge diretamente a estrutura do combalido Estado brasileiro. O noticiário da TV Globo usou a reportagem como peça de propaganda de tal medida defendida ardorosamente pelos chamados “liberais” que defendem o Estado mínimo.
“JN” destacou os salários “aviltantes” dos “funcionários públicos”. Um “peso” que cai na sociedade brasileira. Apresentou os índices que comprovariam o “Estado inchado”. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, é o maior baluarte desta campanha. E jogou a responsabilidade no colo do presidente Jair Bolsonaro que deveria incentivar o andamento do projeto.
Mesmo com a situação “dramática”, o “líder da Nação”, de acordo com o “JN”, não estaria muito entusiasmado. O telejornal adota uma clara linha de oposição ao presidente.
Porém, o “Jornal Nacional” não buscou outras vozes que são contrárias à propagada Reforma Administrativa. Além disso, o noticiário generalizou o termo “servidores públicos” e não observou que, em sua grande maioria, a “classe demonizada” é formada, majoritariamente, por policiais (civis e militares), professores e demais profissionais da saúde, incluindo médicos.
O “JN” também não apontou que os “altos salários” surgem especialmente no Poder Judiciário. Em sua ampla maioria, professores e policiais, que atuam na linha de frente do “Estado”, não são valorizados e recebem baixos salários.
“Jornal Nacional” transforma o jornalismo em peça publicitária da Reforma Administrativa. É mais um capítulo da precarização do trabalho no Brasil. Lamentável.
Fabio Maksymczuk