TV Globo perde fôlego com reprise de “Império”

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Fabio Maksymczukhttp://www.fabiotv.com.br/
Jornalista, membro do júri de TV na APCA, editor do portal FABIOTV, blogueiro e colunista do Além da Tela, com passagem pelo Portal Imprensa (2009/15) e UOL TV Blogs

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Nesta sexta-feira (05/11), a TV Globo exibe o último capítulo de “Império”. A reprise da novela de Aguinaldo Silva não repetiu a boa repercussão em sua exibição original. Raramente, ultrapassou a barreira dos 30 pontos, índice muito aquém da expectativa para a faixa nobre da emissora. Não despertou interesse no telespectador. O cansaço de reprises é um dos motivos. Além disso, Império é inferior a suas antecessoras Fina Estampa, A Força do Querer e Amor de Mãe.

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Aproveitamos a oportunidade para republicar a análise divulgada em nosso antigo espaço no UOL Blogs.

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Nero entra para história da teledramaturgia brasileira com “Império”

Olá, internautas

“Império” chegou ao impactante último capítulo nesta sexta-feira (13/03). O desfecho da trama do Comendador entrou para a galeria de momentos inesquecíveis da TV brasileira. José Pedro (Caio Blat) matou o seu próprio pai com um tiro pelas costas.

Aguinaldo Silva recebeu a missão de recuperar os índices de audiência perdidos com a antecessora “Em Família”. Mesmo com uma trama irregular e histórias paralelas que nada acrescentaram à obra, o autor termina com o objetivo cumprido. Os capítulos foram em um crescente no IBOPE. A novela encerrou com 46 pontos de média.  “Em Família” terminou com 37 pontos.

Confira o nosso tradicional balanço com os pontos positivos e negativos.

PONTOS POSITIVOS

Alexandre Nero: o ator sustentou a novela do início ao fim. Interpretou com carisma e competência o inesquecível Comendador José Alfredo. Nero humanizou o “Zé”. Personagem que mais se aproxima de um anti-herói. Traiu o irmão e engravidou a cunhada. Comandava uma empresa com trapaças fiscais. Tinha uma amante juvenil. Por isso mesmo, Aguinaldo teve que matar o personagem para desespero de parte considerável do público.  Nero conseguiu com soberba interpretar um personagem mais velho. Ele realmente passava a imagem de um cinquentão. Modo de falar. Transmitia isso no olhar. Esse é o grande mérito do profissional que mereceu protagonizar a novela das nove. Galgou espaço na TV Globo com mérito e profissionalismo. Alexandre Nero entrou para a história da teledramaturgia brasileira com o Comendador.

Leandra Leal: outra atriz que galga espaço na TV Globo com profissionalismo e mérito. A cada novela, ganha mais destaque. Interpretou Cristina, uma mocinha valente e batalhadora, que conquistou o carinho do telespectador.

 

Ailton Graça: mesmo com um personagem dúbio (de início tinha “apaixonite” por Elivaldo e depois caiu de amores por Naná), o ator fugiu do estereótipo na construção de Xana. Humanizou o (a) cabeleireiro (a) e ganhou o respeito do público.

Viviane Araújo: grande surpresa de “Império”. Em nenhum momento, o telespectador lembrava da figura pública “Viviane Araújo”. Via, na tela, a espalhafatosa Naná. Trabalho realmente de uma atriz e não de uma personalidade da mídia.

Othon Bastos: a TV Globo sempre escala os atores de sempre e deixa outros ao relento. Othon Bastos é um desses que deveria ter mais espaço na emissora. Sobressaiu em “Império” ao interpretar o mordomo-vilão Silviano.

Chay Suede e Marjorie Estiano: a primeira fase de “Império” encantou o telespectador com um início arrebatador. Chay Suede brilhou como o jovem Zé Alfredo. E Marjorie viveu um dos seus melhores momentos na teledramaturgia ao viver a jovem vilã Cora.

Roberto Birindelli (Josué): Buenas! O ator conquistou um bom espaço na trama e chamou a atenção.

 

PONTOS NEGATIVOS

Cora: a irmã de Eliane prometia ser uma vilã inesquecível da teledramaturgia brasileira. Ficou só na promessa. O autor perdeu a mão na composição da personagem no decorrer dos capítulos. O estado de saúde de Drica Moraes pode ter sido um obstáculo.

Paulo Betti: o veterano ator interpretou o blogueiro Téo Pereira. Aguinaldo Silva tentou discutir a ética jornalística e o direito à privacidade das pessoas públicas. Porém, o resultado foi desanimador. Betti adotou uma postura completamente estereotipada e explorou a caricatura na interpretação. Trejeitos forçados. Não convenceu. Criou um enorme ruído na composição da novela.

Carmo Dalla Vecchia: o ator entrou no meio de “Império”. Infelizmente, não viveu um bom momento ao dar vida ao ambicioso Maurilio. Devido à interpretação, em grande parte da novela, o personagem foi uma reencarnação de Manfred, de “Joia Rara”. Mesmo olhar. Mesmo gestual. Mesmo tom de voz.

Nanda Costa: a atriz é outra que não conseguiu desapegar do trabalho anterior. Devido à interpretação, Tuane era, na realidade, a Morena, de “Salve Jorge”, reencarnada.  Mesmo tom de voz. Mesma postura corporal. Só faltava falar Livia Marine, Wanda, Russo e companhia. Além disso, uma atriz, que brilhou como protagonista de uma novela das nove, não poderia compor o elenco de personagens do terceiro escalão.

Desfecho de José Pedro: em grande parte da história, José Pedro era o “filhinho da mamãe” que não saia de saias de Maria Marta. De repente, transformou-se em Fabricio Melgaço e assassino do próprio pai.  Forçado.

Paulo Vilhena, Paulo Rocha e Ana Carolina Dias: trio parada dura.  A história do esquizofrênico Salvador acrescentou em nada ao conjunto da novela. História paralela sem sentido algum.  “Só encheu linguiça”…

Laércio Fonseca:  o figurante se transformou, de uma hora para outra, em um ator de destaque. Interpretou o obsessivo Felipe, apaixonado pelo homofóbico Enrico (Joaquim Lopes). Além disso, a história que envolvia Claudio (José Mayer) e Leonardo (Klebber Toledo) também não ganhou um bom desenvolvimento na trama.

Fabio Maksymczuk

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Nesta sexta-feira (05/11), a TV Globo exibe o último capítulo de “Império”. A reprise da novela de Aguinaldo Silva não repetiu a boa repercussão em sua exibição original. Raramente, ultrapassou a barreira dos 30 pontos, índice muito aquém da expectativa para a faixa nobre da emissora. Não despertou interesse no telespectador. O cansaço de reprises é um dos motivos. Além disso, Império é inferior a suas antecessoras Fina Estampa, A Força do Querer e Amor de Mãe.

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Nero entra para história da teledramaturgia brasileira com “Império”

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“Império” chegou ao impactante último capítulo nesta sexta-feira (13/03). O desfecho da trama do Comendador entrou para a galeria de momentos inesquecíveis da TV brasileira. José Pedro (Caio Blat) matou o seu próprio pai com um tiro pelas costas.

Aguinaldo Silva recebeu a missão de recuperar os índices de audiência perdidos com a antecessora “Em Família”. Mesmo com uma trama irregular e histórias paralelas que nada acrescentaram à obra, o autor termina com o objetivo cumprido. Os capítulos foram em um crescente no IBOPE. A novela encerrou com 46 pontos de média.  “Em Família” terminou com 37 pontos.

Confira o nosso tradicional balanço com os pontos positivos e negativos.

PONTOS POSITIVOS

Alexandre Nero: o ator sustentou a novela do início ao fim. Interpretou com carisma e competência o inesquecível Comendador José Alfredo. Nero humanizou o “Zé”. Personagem que mais se aproxima de um anti-herói. Traiu o irmão e engravidou a cunhada. Comandava uma empresa com trapaças fiscais. Tinha uma amante juvenil. Por isso mesmo, Aguinaldo teve que matar o personagem para desespero de parte considerável do público.  Nero conseguiu com soberba interpretar um personagem mais velho. Ele realmente passava a imagem de um cinquentão. Modo de falar. Transmitia isso no olhar. Esse é o grande mérito do profissional que mereceu protagonizar a novela das nove. Galgou espaço na TV Globo com mérito e profissionalismo. Alexandre Nero entrou para a história da teledramaturgia brasileira com o Comendador.

Leandra Leal: outra atriz que galga espaço na TV Globo com profissionalismo e mérito. A cada novela, ganha mais destaque. Interpretou Cristina, uma mocinha valente e batalhadora, que conquistou o carinho do telespectador.

 

Ailton Graça: mesmo com um personagem dúbio (de início tinha “apaixonite” por Elivaldo e depois caiu de amores por Naná), o ator fugiu do estereótipo na construção de Xana. Humanizou o (a) cabeleireiro (a) e ganhou o respeito do público.

Viviane Araújo: grande surpresa de “Império”. Em nenhum momento, o telespectador lembrava da figura pública “Viviane Araújo”. Via, na tela, a espalhafatosa Naná. Trabalho realmente de uma atriz e não de uma personalidade da mídia.

Othon Bastos: a TV Globo sempre escala os atores de sempre e deixa outros ao relento. Othon Bastos é um desses que deveria ter mais espaço na emissora. Sobressaiu em “Império” ao interpretar o mordomo-vilão Silviano.

Chay Suede e Marjorie Estiano: a primeira fase de “Império” encantou o telespectador com um início arrebatador. Chay Suede brilhou como o jovem Zé Alfredo. E Marjorie viveu um dos seus melhores momentos na teledramaturgia ao viver a jovem vilã Cora.

Roberto Birindelli (Josué): Buenas! O ator conquistou um bom espaço na trama e chamou a atenção.

 

PONTOS NEGATIVOS

Cora: a irmã de Eliane prometia ser uma vilã inesquecível da teledramaturgia brasileira. Ficou só na promessa. O autor perdeu a mão na composição da personagem no decorrer dos capítulos. O estado de saúde de Drica Moraes pode ter sido um obstáculo.

Paulo Betti: o veterano ator interpretou o blogueiro Téo Pereira. Aguinaldo Silva tentou discutir a ética jornalística e o direito à privacidade das pessoas públicas. Porém, o resultado foi desanimador. Betti adotou uma postura completamente estereotipada e explorou a caricatura na interpretação. Trejeitos forçados. Não convenceu. Criou um enorme ruído na composição da novela.

Carmo Dalla Vecchia: o ator entrou no meio de “Império”. Infelizmente, não viveu um bom momento ao dar vida ao ambicioso Maurilio. Devido à interpretação, em grande parte da novela, o personagem foi uma reencarnação de Manfred, de “Joia Rara”. Mesmo olhar. Mesmo gestual. Mesmo tom de voz.

Nanda Costa: a atriz é outra que não conseguiu desapegar do trabalho anterior. Devido à interpretação, Tuane era, na realidade, a Morena, de “Salve Jorge”, reencarnada.  Mesmo tom de voz. Mesma postura corporal. Só faltava falar Livia Marine, Wanda, Russo e companhia. Além disso, uma atriz, que brilhou como protagonista de uma novela das nove, não poderia compor o elenco de personagens do terceiro escalão.

Desfecho de José Pedro: em grande parte da história, José Pedro era o “filhinho da mamãe” que não saia de saias de Maria Marta. De repente, transformou-se em Fabricio Melgaço e assassino do próprio pai.  Forçado.

Paulo Vilhena, Paulo Rocha e Ana Carolina Dias: trio parada dura.  A história do esquizofrênico Salvador acrescentou em nada ao conjunto da novela. História paralela sem sentido algum.  “Só encheu linguiça”…

Laércio Fonseca:  o figurante se transformou, de uma hora para outra, em um ator de destaque. Interpretou o obsessivo Felipe, apaixonado pelo homofóbico Enrico (Joaquim Lopes). Além disso, a história que envolvia Claudio (José Mayer) e Leonardo (Klebber Toledo) também não ganhou um bom desenvolvimento na trama.

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