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Na última semana, a TV Globo, dentro da programação de início de ano, exibiu “Marighella”. A emissora desmembrou o filme em quatro episódios. O canal, infelizmente, deixou de lado a produção de minisséries próprias que sempre alcançaram sucesso.

O longa dirigido por Wagner Moura foi exibido nos cinemas durante ainda a crise da pandemia. Não tive a oportunidade de assistir. Acompanhei agora em sua versão de minissérie. Mesmo exibida na madrugada, após o “BBB23”, a TV Globo ousou em colocar no ar tal produção que ganha um roteiro com a nítida visão da chamada “esquerda” brasileira.

De acordo com a produção, Marighella desejava a derrubada do Regime Militar para o retorno da democracia no Brasil. Já na visão da chamada “direita”, o líder dos “subversivos” desejava implantar um regime inspirado nos ideais de Cuba que fogem do ambiente democrático. Todo esse confronto, na realidade, era ambientado na Guerra Fria entre EUA e União Soviética. A produção não trouxe esse contexto como pano de fundo.

Seu Jorge brilhou em “Marighella”. Atuação forte e marcante. O artista entregou-se visceralmente ao personagem que ainda provoca polêmica. Humberto Carrão que interpretou o guerrilheiro Humberto, da Ação Libertadora Nacional, defensor da luta armada, também é outro destaque positivo.

“Marighella” é uma produção que enaltece uma figura execrada pelos defensores da chamada “Revolução de 1964”. São os vários olhares para uma história que ainda não teve suas feridas cicatrizadas.

Fabio Maksymczuk

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