Tatiana Tibúrcio se destaca em especial “Falas Negras”

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Ricardo Marques
Entusiasta sobre TV por assinatura e recepção via satélite. Publica sobre o mercado brasileiro, destaques da HBO e Telecine. Doutor em Estudos Literários.

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Na última sexta-feira (20/11), a TV Globo exibiu “Falas Negras”, especial do Dia da Consciência Negra produzido pela emissora platinada. A atração idealizada por Manuela Dias e dirigida por Lázaro Ramos reuniu 22 atores e atrizes que interpretaram falas reais de personalidades que marcaram a história da comunidade negra pelo mundo.

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O especial não trouxe um ritmo de fácil “digestão” ao telespectador. Com a pandemia do novo Coronavírus, a solução encontrada foi a transformação dos discursos em 22 monólogos. Um atrás do outro, em sua grande maioria com o fundo preto e pouca luz como cenário. Uma linguagem mais teatral do que televisiva. Era necessário ter absoluto foco para acompanhar as vinte e duas histórias em um mesmo tom por mais de uma hora.

“Falas Negras” deveria ter focado nas histórias dos brasileiros. Problematizar as mazelas do racismo estruturado em nosso País. O especial resgatou lideranças norte-americanas, como Rosa Parks, Malcom X e Martin Luther King. Como disse Milton Santos, interpretado por Ailton Graça no especial, “é diferente ser negro no Brasil”.

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Mesmo com essas ressalvas, “Falas Negras” cumpriu a sua missão em destacar na programação da TV Globo uma causa que sempre passou longe dos holofotes, inclusive na programação da própria emissora. A TV Globo possui uma dívida histórica com atores e atrizes afrodescendentes. Há um número ínfimo de histórias protagonizadas por tais profissionais por mais de 50 anos. Em nosso País, diferente dos Estados Unidos, a maioria da população é preta e parda. E isso não é percebido na televisão brasileira. Até mesmo, o negro brasileiro se enxerga mais em produções estadunidenses.

Sem dúvida alguma, Tatiana Tibúrcio chamou atenção em “Falas Negras”. Incorporou, de fato, a empregada doméstica Mirtes Souza, mãe do menino Miguel Otávio que morreu após ter despencado de um edifício de alto padrão no Recife, quando estava sob cuidados da patroa que integra a alta sociedade pernambucana. Aliás, nestas Eleições, o seu marido Sergio Hacker perdeu a eleição para prefeito de Tamandaré. A atriz emocionou o telespectador que ficou envolvido com sua atuação.

“Falas Negras” é um avanço para o debate da exclusão dos afrodescendentes em nosso País.

Fabio Maksymczuk

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Na última sexta-feira (20/11), a TV Globo exibiu “Falas Negras”, especial do Dia da Consciência Negra produzido pela emissora platinada. A atração idealizada por Manuela Dias e dirigida por Lázaro Ramos reuniu 22 atores e atrizes que interpretaram falas reais de personalidades que marcaram a história da comunidade negra pelo mundo.

O especial não trouxe um ritmo de fácil “digestão” ao telespectador. Com a pandemia do novo Coronavírus, a solução encontrada foi a transformação dos discursos em 22 monólogos. Um atrás do outro, em sua grande maioria com o fundo preto e pouca luz como cenário. Uma linguagem mais teatral do que televisiva. Era necessário ter absoluto foco para acompanhar as vinte e duas histórias em um mesmo tom por mais de uma hora.

“Falas Negras” deveria ter focado nas histórias dos brasileiros. Problematizar as mazelas do racismo estruturado em nosso País. O especial resgatou lideranças norte-americanas, como Rosa Parks, Malcom X e Martin Luther King. Como disse Milton Santos, interpretado por Ailton Graça no especial, “é diferente ser negro no Brasil”.

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Mesmo com essas ressalvas, “Falas Negras” cumpriu a sua missão em destacar na programação da TV Globo uma causa que sempre passou longe dos holofotes, inclusive na programação da própria emissora. A TV Globo possui uma dívida histórica com atores e atrizes afrodescendentes. Há um número ínfimo de histórias protagonizadas por tais profissionais por mais de 50 anos. Em nosso País, diferente dos Estados Unidos, a maioria da população é preta e parda. E isso não é percebido na televisão brasileira. Até mesmo, o negro brasileiro se enxerga mais em produções estadunidenses.

Sem dúvida alguma, Tatiana Tibúrcio chamou atenção em “Falas Negras”. Incorporou, de fato, a empregada doméstica Mirtes Souza, mãe do menino Miguel Otávio que morreu após ter despencado de um edifício de alto padrão no Recife, quando estava sob cuidados da patroa que integra a alta sociedade pernambucana. Aliás, nestas Eleições, o seu marido Sergio Hacker perdeu a eleição para prefeito de Tamandaré. A atriz emocionou o telespectador que ficou envolvido com sua atuação.

“Falas Negras” é um avanço para o debate da exclusão dos afrodescendentes em nosso País.

Fabio Maksymczuk

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