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A Record TV enfrenta um gargalo na teledramaturgia. Após ter terceirizado suas produções, agora a emissora mantém basicamente apenas uma faixa de telenovela inédita. Redução de custos. Um vendaval de reprises ocupa a grade de programação.
Em pleno horário nobre, o canal resgatou, prematuramente, “O Rico e Lázaro” após o encerramento de “Jezabel”. A novela de Paula Richard retorna na mesmíssima faixa da exibição original. Captura o mesmo público que já acompanhou a trama há apenas dois anos.
Resultado da façanha: já bateu recorde negativo com 6 pontos de média. O fraco desempenho até contamina o “Jornal da Record” que já rodou na casa dos 4,5 pontos de média. O canal enfrenta as consequências da falta de planejamento.
Na faixa vespertina, as reprises das novelas ocupam o buraco na programação. “Bela, a Feia”, que retornou após 9 anos (bom período), colhe expressivos índices de audiência. Isso é bom para a Record TV, mas desestimula a produção de novas atrações.
Por outro lado, “Caminhos do Coração”, que alcançou até a liderança no IBOPE em sua primeira exibição, fica entre 5 e 6 pontos de média. Índice abaixo da expectativa. Ou seja: há três faixas de reprises.
“Topíssima”, a única inédita, mas terceirizada, batalha para conquistar a vice-liderança isolada. E é uma boa novela. A Record TV precisa encontrar um prumo em suas produções com melhor planejamento. A reprise de “O Rico e Lázaro” empobrece a programação.
Fabio Maksymczuk