Neste domingo, dia 24 de setembro, o Núcleo de Reportagens Especiais da Record TV chega à marca de mil documentários produzidos em 10 anos. O milésimo será exibido no Câmera Record deste domingo. O programa mostrará uma denúncia exclusiva de trabalho escravo no meio da floresta Amazônica.
Pela primeira vez, uma equipe de televisão consegue chegar ao local em que uma população indígena descendente da etnia Baré chega a viver até seis meses dentro da selva na produção extrativista da piaçaba, fibra da Palmeira, usada na fabricação de vassouras. Os trabalhadores passam o dia inteiro dentro da floresta, carregam toras de até 90 kg por dia e acabam adquirindo dívidas com gerentes da produção, porque o custo para chegar até o local e a alimentação é muito alto. Sob condições extenuantes, o Ministério Público do Trabalho considera como trabalho análogo à escravidão.
O Núcleo foi formado em abril de 2007 pelo jornalista Rafael Gomide, a pedido do vice-presidente de Jornalismo, Douglas Tavolaro, e, na época, contava com 11 profissionais. Acreditava-se que não havia tempo e espaço suficiente nos telejornais do chamado "hardnews" para esmiuçar os assuntos e que esse era um desejo dos telespectadores. E a Record TV mostrou que era possível. Desde então, o grupo se dedica a produzir reportagens temáticas e bastante aprofundadas.
Hoje, o departamento possui 33 jornalistas que produzem documentários sobre os mais variados temas, inovando em estética, conceito, encaminhamentos, pautas, formatos de edição e captação de imagens.