Exibido de segunda a sexta, o ‘Conversa com Bial’ vai reunir, em um só lugar, assuntos que possam ser relevantes ao espectador independentemente da forma como eles serão apresentados. Quando couber um debate, Bial fará as vezes de mediador, mas, na presença de um único convidado, será mais do que um entrevistador, tornando-se parte de um diálogo maior. Quando a relevância se fizer presente fora dos limites do estúdio, o apresentador dá espaço ao repórter, que sairá em busca de um papo interessante em lugares variados, refletindo sobre a notícia, em vez de reagir sobre ela.
Para falar sobre a estreia, Bial responde a questões sobre a atração. Confira:
Como é o ‘Conversa com o Bial’?
Como é que vai ser o ‘Conversa com Bial’? Ah, eu também quero descobrir a resposta para essa pergunta. E gosto da ideia de ir descobrindo junto ao espectador, fazendo o programa a cada dia. O que a gente quer que o ‘Conversa com Bial’ seja é exatamente o que o nome diz: uma conversa, um lugar onde a gente se encontra. Existe uma diferença entre uma entrevista, que é pergunta e resposta, e uma conversa que a gente vai construindo quase que desinteressadamente, chegando a ideias mesmo que sejam discordantes, mas que sejam férteis para todos os lados.
Como é a dinâmica do programa?
Buscamos um programa que tenha uma dinâmica própria, um pouquinho diferente a cada edição. Em um dia, uma conversa mais longa com um convidado só. Em outro, com várias pessoas numa espécie de debate. Os temas vão escalar os participantes para a conversa. Também queremos que sempre tenha uma pegada de humor, tão necessário. A ideia é que a dinâmica funcione de forma a levar relevância ao que aparentemente é apenas leve e vice-versa. Assim, as ideias vão circulando prazerosamente.
Como será feita a escolha dos temas e dos convidados?
Basicamente, a gente reflete e reage aos assuntos que nos mobilizam no dia a dia. Não apenas o que sai na imprensa. É claro, também vamos atrás do que é publicado, do que está na internet, mas também o que ainda não foi dito, o que a gente ainda não sabe. Serão as coisas que estão próximas no nosso dia a dia e que fazem diferença na nossa vida, que vão nos fazer mais felizes ou menos felizes a partir da nossa relação com elas. A gente quer isso: o que está perto de nós e do espectador que é fundamental para que a gente leve a vida adiante? Onde as coisas estiverem meio paralisadas, a gente gostaria de ser um suave e bem vindo sacode para as coisas entrarem em movimento. Onde as coisas estão muito conturbadas, a gente gostaria de vir com um pouco de serenidade. Com essa dialética, as dinâmicas vão acontecendo.
Hoje, há muitos temas em discussão na sociedade de maneira geral. Isso vai ser debatido no programa? Como?
A gente tem a ambição de trazer os debates e as discussões que estão por aí, pelo Brasil, pelo mundo, na internet, no botequim, na escola, na universidade. O que nós talvez podemos propiciar ao debate, a essa polarização, é mostrar que temos muito mais em comum com quem pensa diferente do que podemos imaginar. É uma falta de conhecimento do outro e uma falta, às vezes, de autoconhecimento. Espero que a gente consiga prestar esse serviço – ele se dá na televisão, esse meio que é totalmente público e, ao mesmo tempo, muito íntimo, ainda mais tarde da noite, quando as pessoas estão numa frequência emocional e estado de espírito mais receptivos.
O programa terá reportagens?
Não daria esse nome de “reportagem”, a gente vai para a rua. A gente trata de assuntos que pertencem ao universo jornalístico, mas nossa abordagem desses assuntos não é necessariamente jornalística, apesar de eu ser jornalista. .
Como é o processo criativo do programa?
Começamos há alguns meses, pensando no que íamos fazer. Tínhamos o talk show, que é um formato consagrado no mundo todo, e pensamos em como poderíamos usar todas as variações desse gênero para botar as ideias em movimento e discussão. Pra isso, formamos uma equipe que é uma mistura esperta e inspiradora de muitos jovens e muita gente que nunca tinha feito televisão, trazendo um olhar fresco. E eu represento aqui, orgulhosamente, os mais velhos, com mais experiência, com amor e paixão pela televisão e pelas novas ideias. A gente vai testando e pensando nos temas juntos, inclusive em formas inusitadas e inéditas de abordá-los.
O que o público pode esperar do programa?
Um momento reconfortante, de bom humor, para assistir e testemunhar conversas que vão acrescentar. Um espaço que vai trazer assuntos para conversas no dia seguinte, no trabalho, no ônibus, na escola, em casa.
Está ansioso para a estreia?
Ansioso? Imagina… Eu? Ansioso? Para a estreia? Imagina. Próxima pergunta! (risos)