Pão-Pão Beijo-Beijo surpreende no VIVA

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Fabio Maksymczukhttp://www.fabiotv.com.br/
Jornalista, membro do júri de TV na APCA, editor do portal FABIOTV, blogueiro e colunista do Além da Tela, com passagem pelo Portal Imprensa (2009/15) e UOL TV Blogs

Na última sexta-feira (25/11), o canal VIVA exibiu o último capítulo da deliciosa novela “Pão-Pão Beijo-Beijo”. A obra de Walther Negrão com direção-geral de Gonzaga Blota surpreendeu positivamente com um enredo que cativou o público.

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Com as reprises de produções dos anos 80, fica perceptível que as novelas de “antigamente” eram, de fato, bem superiores às tramas atuais requintadas por tecnologia de ponta. Não é saudosismo.

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Novela é texto. Walther Negrão vivia uma excelente fase. “Pão-Pão Beijo-Beijo” apostou em um enredo simples que envolveu o telespectador sem vilanias exageradas, personagens escabrosos ou espetacularização da violência. O roteiro bem construído de “Pão Pão Beijo Beijo”, novela de 1983, contrasta com a mal planejada “Travessia”, carro-chefe da programação atual da TV Globo. Sinal da má fase das telenovelas contemporâneas.

A seguir, o balanço final com os pontos positivos e negativos.

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PONTOS POSITIVOS

Lélia Abramo (Mamma Vitoria) – a novela enalteceu a excelente Lélia Abramo que deixou saudades eternas. A atriz foi, praticamente, uma das protagonistas de “Pão Pão Beijo Beijo”. Sobressaía em cena com a personagem mais carismática da trama. Empoderada.

Elizabeth Savalla (Bruna) – a atriz viveu o auge de sua carreira entre meados dos anos 70 e meados dos anos 80. A jovem Savalla, mais uma vez, sobressaiu agora em “Pão-Pão Beijo-Beijo”. Talentosa, a atriz personificou a mimada e fútil Bruna. Sem cair em estereótipos. Uma das personagens mais importantes da trama. Antagonista sem ser vilã estereotipada.

Maria Claudia (Luiza) – a atriz tinha uma identidade própria em sua arte de interpretação. Perfil característico dos anos 70 e 80. Maria Claudia viveu a personagem que representava milhares de mulheres daquela época que entravam no mercado de trabalho. Empresária competente nas “cantinas da Mamma”, mas sem a mesma habilidade no amor. Mocinha que amava Ciro (Claudio Marzo). Só conseguiu o almejado beijo no último capítulo. Após 164 capítulos. Walther Negrão acertou ao não selar a união entre Ciro e Bruna.

Arnaud Rodrigues (Soró) – o ator conquistou o telespectador com o ingênuo Soró. Suas brincadeiras pueris com Geninho (Paulo Vignolo) trouxeram um ar leve à novela. Para grande parte dos telespectadores que assistiram somente ao humorístico “A Praça é Nossa”, do SBT, foi uma surpresa acompanhá-lo em uma novela da TV Globo.

Laura Cardoso (Donana) – grande atriz que personificava a retirante do sertão nordestino. Sonhava com o retorno à sua terra natal, mas enfrentava a ambição do homem que não solucionava as intempéries da seca. Texto de quarenta anos atrás. O encontro entre Laura Cardoso e Lelia Abramo foi um “desbunde”.

Regina Dourado (Lala Sereno) – a então jovem atriz também conquistou o carinho do público ao interpretar a personagem que enfrentava uma saúde mental instável, principalmente após o gatilho acionado pelo abandono no altar.

Paulo Guarnieri (Daniel/Gasparzinho) – o ator sobressaiu no núcleo jovem que integrava uma das principais histórias paralelas de “Pão-Pão Beijo-Beijo” ao lado de Cassio Gabus Mendes (Franco), Tassia Camargo (Nina) e Élida L’Astorina (Duda). Muito carismático no vídeo.

Norma Geraldy (Zizi) – uma das atrizes mais “fofas” do elenco. Vivia os dilemas do núcleo da terceira idade ao lado de Dionisio Azevedo (Altino). Até o Retiro dos Artistas apareceu na novela.

Cleyde Blota (Joana) – a atriz transmitia ar de elegância e sobriedade em seus trabalhos, inclusive como a governanta Giovanna (Joana). Muito segura no vídeo.

Monique Alves (Maria Helena) – a beleza da atriz irradiava na tela. Linda.

PONTOS NEGATIVOS

Último capítulo: Walther Negrão encerrou a novela com um desfecho frio. Como já citado acima, Luiza aguardou 164 capítulos para dar um beijo em seu amado. Em seguida, já passou para o casamento. Esse romance poderia ter sido muito melhor desenvolvido. Há ainda o dilema do casal de primos Duda e Francuccio. Chegaram ao final feliz sem uma conversa franca com seus pais e familiares. Já Dona Joana ficou pela Europa ao lado de seu marido. Não retornou ao Brasil.

Título da novela:  “Pão-Pão Beijo-Beijo” se relaciona, em absolutamente nada, com a novela ambientada nas cantinas de Mamma Vitoria. Não era padaria…

Abertura da novela: a mesma falta de sincronia aparecia também na abertura. Nenhum sinal de macarrão, massa ou molho de tomate. Até mesmo, um casal aparecia do nada em uma praia. Somente nos últimos capítulos, Ciro, para atender um sonho de sua irmã Maria Helena, abriu o restaurante com receitas naturais “Pão-Pão Beijo-Beijo”. Porém, isso não era o cerne da trama.

Desfecho de Julio (Edwin Luisi): o final de Julio deveria ser ao lado de Mariana, interpretada pela belíssima Tania Loureiro. Porém, Walther Negrão optou que a filha de Dona Donana chegasse ao final feliz com Benito (do saudoso João Carlos Barroso). Um total absurdo.

Falta de intimidade entre Gaspar (Paulo Gonçalves) e Milica (Cinira Camargo): o zelador e a cabelereira resolveram, de supetão, se casar. Porém, raras cenas de intimidade do casal foram levadas ao ar. Sequer, um beijo na boca.

Fabio Maksymczuk

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Na última sexta-feira (25/11), o canal VIVA exibiu o último capítulo da deliciosa novela “Pão-Pão Beijo-Beijo”. A obra de Walther Negrão com direção-geral de Gonzaga Blota surpreendeu positivamente com um enredo que cativou o público.

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Com as reprises de produções dos anos 80, fica perceptível que as novelas de “antigamente” eram, de fato, bem superiores às tramas atuais requintadas por tecnologia de ponta. Não é saudosismo.

Novela é texto. Walther Negrão vivia uma excelente fase. “Pão-Pão Beijo-Beijo” apostou em um enredo simples que envolveu o telespectador sem vilanias exageradas, personagens escabrosos ou espetacularização da violência. O roteiro bem construído de “Pão Pão Beijo Beijo”, novela de 1983, contrasta com a mal planejada “Travessia”, carro-chefe da programação atual da TV Globo. Sinal da má fase das telenovelas contemporâneas.

A seguir, o balanço final com os pontos positivos e negativos.

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PONTOS POSITIVOS

Lélia Abramo (Mamma Vitoria) – a novela enalteceu a excelente Lélia Abramo que deixou saudades eternas. A atriz foi, praticamente, uma das protagonistas de “Pão Pão Beijo Beijo”. Sobressaía em cena com a personagem mais carismática da trama. Empoderada.

Elizabeth Savalla (Bruna) – a atriz viveu o auge de sua carreira entre meados dos anos 70 e meados dos anos 80. A jovem Savalla, mais uma vez, sobressaiu agora em “Pão-Pão Beijo-Beijo”. Talentosa, a atriz personificou a mimada e fútil Bruna. Sem cair em estereótipos. Uma das personagens mais importantes da trama. Antagonista sem ser vilã estereotipada.

Maria Claudia (Luiza) – a atriz tinha uma identidade própria em sua arte de interpretação. Perfil característico dos anos 70 e 80. Maria Claudia viveu a personagem que representava milhares de mulheres daquela época que entravam no mercado de trabalho. Empresária competente nas “cantinas da Mamma”, mas sem a mesma habilidade no amor. Mocinha que amava Ciro (Claudio Marzo). Só conseguiu o almejado beijo no último capítulo. Após 164 capítulos. Walther Negrão acertou ao não selar a união entre Ciro e Bruna.

Arnaud Rodrigues (Soró) – o ator conquistou o telespectador com o ingênuo Soró. Suas brincadeiras pueris com Geninho (Paulo Vignolo) trouxeram um ar leve à novela. Para grande parte dos telespectadores que assistiram somente ao humorístico “A Praça é Nossa”, do SBT, foi uma surpresa acompanhá-lo em uma novela da TV Globo.

Laura Cardoso (Donana) – grande atriz que personificava a retirante do sertão nordestino. Sonhava com o retorno à sua terra natal, mas enfrentava a ambição do homem que não solucionava as intempéries da seca. Texto de quarenta anos atrás. O encontro entre Laura Cardoso e Lelia Abramo foi um “desbunde”.

Regina Dourado (Lala Sereno) – a então jovem atriz também conquistou o carinho do público ao interpretar a personagem que enfrentava uma saúde mental instável, principalmente após o gatilho acionado pelo abandono no altar.

Paulo Guarnieri (Daniel/Gasparzinho) – o ator sobressaiu no núcleo jovem que integrava uma das principais histórias paralelas de “Pão-Pão Beijo-Beijo” ao lado de Cassio Gabus Mendes (Franco), Tassia Camargo (Nina) e Élida L’Astorina (Duda). Muito carismático no vídeo.

Norma Geraldy (Zizi) – uma das atrizes mais “fofas” do elenco. Vivia os dilemas do núcleo da terceira idade ao lado de Dionisio Azevedo (Altino). Até o Retiro dos Artistas apareceu na novela.

Cleyde Blota (Joana) – a atriz transmitia ar de elegância e sobriedade em seus trabalhos, inclusive como a governanta Giovanna (Joana). Muito segura no vídeo.

Monique Alves (Maria Helena) – a beleza da atriz irradiava na tela. Linda.

PONTOS NEGATIVOS

Último capítulo: Walther Negrão encerrou a novela com um desfecho frio. Como já citado acima, Luiza aguardou 164 capítulos para dar um beijo em seu amado. Em seguida, já passou para o casamento. Esse romance poderia ter sido muito melhor desenvolvido. Há ainda o dilema do casal de primos Duda e Francuccio. Chegaram ao final feliz sem uma conversa franca com seus pais e familiares. Já Dona Joana ficou pela Europa ao lado de seu marido. Não retornou ao Brasil.

Título da novela:  “Pão-Pão Beijo-Beijo” se relaciona, em absolutamente nada, com a novela ambientada nas cantinas de Mamma Vitoria. Não era padaria…

Abertura da novela: a mesma falta de sincronia aparecia também na abertura. Nenhum sinal de macarrão, massa ou molho de tomate. Até mesmo, um casal aparecia do nada em uma praia. Somente nos últimos capítulos, Ciro, para atender um sonho de sua irmã Maria Helena, abriu o restaurante com receitas naturais “Pão-Pão Beijo-Beijo”. Porém, isso não era o cerne da trama.

Desfecho de Julio (Edwin Luisi): o final de Julio deveria ser ao lado de Mariana, interpretada pela belíssima Tania Loureiro. Porém, Walther Negrão optou que a filha de Dona Donana chegasse ao final feliz com Benito (do saudoso João Carlos Barroso). Um total absurdo.

Falta de intimidade entre Gaspar (Paulo Gonçalves) e Milica (Cinira Camargo): o zelador e a cabelereira resolveram, de supetão, se casar. Porém, raras cenas de intimidade do casal foram levadas ao ar. Sequer, um beijo na boca.

Fabio Maksymczuk

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