“Nos Tempos do Imperador” termina como grande aula de História

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Fabio Maksymczukhttp://www.fabiotv.com.br/
Jornalista, membro do júri de TV na APCA, editor do portal FABIOTV, blogueiro e colunista do Além da Tela, com passagem pelo Portal Imprensa (2009/15) e UOL TV Blogs

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Nesta sexta-feira (04/02), “Nos Tempos do Imperador” chegou ao último capítulo. A novela de Alessandro Marson e Thereza Falcão terminou fora da meta nos índices de audiência. Raramente, atingiu a casa dos 20 pontos. Algumas razões podem ser citadas para justificar tal desempenho (descritas abaixo nos pontos negativos). Apesar disso, a trama termina com o resultado positivo, principalmente por popularizar personagens fundamentais da nossa História, como Dom Pedro II, Imperatriz Teresa Cristina e as princesas Isabel e Leopoldina.

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Através da teledramaturgia, milhões de brasileiros têm a oportunidade de conhecer as raízes da nossa sociedade e compreender o nosso presente, principalmente referente ao racismo estrutural. “Nos Tempos do Imperador” foi uma grande aula de História.

A seguir, o nosso tradicional balanço final com os pontos positivos e negativos.

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PONTOS POSITIVOS

Paula Cohen (Dona Lota Pindaiba): a atriz se transformou no maior destaque do elenco de “Nos Tempos do Imperador”. Paula foge da mesmice das escalações da emissora platinada e mostrou o seu talento ao viver a Baronesa, personagem que contrastava com a sisudez do núcleo central do Império. Migrava da comédia para o drama com naturalidade.

Leticia Sabatella (Teresa Cristina): a atriz conseguiu humanizar a figura da Imperatriz que ganhou a alcunha de “mãe dos brasileiros” durante o Segundo Reinado. Trabalho brilhante.

Mariana Ximenes (Luisa): a atriz também sobressaiu no elenco ao interpretar a Condessa de Barral e grande amor da vida de Dom Pedro II. Interpretação segura.

Selton Mello (Dom Pedro II): o ator conseguiu dignificar a figura do monarca que possuía uma imagem mais reservada e menos ostentativa, diferente de outros reis da Europa. A direção da novela acertou ao escalar o protagonista que tinha uma missão desafiadora, justamente pelas características mais introspectivas da figura histórica.

Gil Coelho (Augusto): o jovem ator aproveitou bem a oportunidade ao viver o príncipe Augusto, um dos mais queridos personagens da novela.

Daphne Bozaski (Dolores) e João Pedro Zappa (Nelio): o casal de “patinhos feios”, Dolores e Nelio, caiu nas graças do público. Daphne e Zappa roubaram a atenção para essa história paralela. O embate entre Tonico (Alexandre Nero) e Nelio no penhasco foi um dos melhores momentos de toda a novela.

PONTOS NEGATIVOS

Filtro escuro na imagem: o diretor Vinicius Coimbra apostou no filtro escuro na imagem, o que fortaleceu a sisudez da produção na faixa das seis da TV Globo. Isso contribuiu para o afastamento do telespectador.

Ritmo lento na primeira fase: a primeira fase de “Nos Tempos do Imperador” foi extremamente cadenciado. A novela exigia um ritmo mais ágil no desenvolvimento da história. A trama cresceu a partir de sua metade.

Germana (Viviane Pasmanter) e Licurgo (Guilherme Piva): a ideia de trazer personagens de “Novo Mundo” poderia ter sido interessante. Porém, o retorno de Germana e Licurgo não funcionou. O ar “asqueroso” dos personagens predominou na primeira parte da novela.

Núcleo de Vitória (Maria Clara Gueiros), Clemência (Dani Barros) e Quinzinho (Augusto Madeira): núcleo paralelo que destoava de todo o restante da novela. Personagens maçantes. Além disso, o romance lésbico, de uma hora para outra, também não se encaixou na narrativa da trama. Ficou artificial.

Desfecho de “Nos Tempos do Imperador”: os autores encerraram a novela com o término da Guerra do Paraguai marcado pela morte de Solano López (Roberto Brindelli). Porém, a novela abordou com ênfase a dificuldade encontrada pela Princesa Isabel (Giulia Gayoso) para engravidar. E a trama parou por aí. Sem continuidade. “Nos Tempos do Imperador” poderia ter destacado a morte da Princesa Leopoldina (Bruna Griphao), após o conflito armamentício, a Abolição e o declínio do Império. No desfecho da trama, os autores foram felizes ao ressaltar o Golpe Militar que destituiu Dom Pedro II do trono e a expulsão da família imperial do Brasil. Como a novela parou, praticamente, em 1870, os autores poderiam continuar com a trilogia (seja em minissérie), através de Pedro Augusto, neto de Dom Pedro II. Seria interessante. Uma história praticamente desconhecida pelos brasileiros.

Fabio Maksymczuk   

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Nesta sexta-feira (04/02), “Nos Tempos do Imperador” chegou ao último capítulo. A novela de Alessandro Marson e Thereza Falcão terminou fora da meta nos índices de audiência. Raramente, atingiu a casa dos 20 pontos. Algumas razões podem ser citadas para justificar tal desempenho (descritas abaixo nos pontos negativos). Apesar disso, a trama termina com o resultado positivo, principalmente por popularizar personagens fundamentais da nossa História, como Dom Pedro II, Imperatriz Teresa Cristina e as princesas Isabel e Leopoldina.

Através da teledramaturgia, milhões de brasileiros têm a oportunidade de conhecer as raízes da nossa sociedade e compreender o nosso presente, principalmente referente ao racismo estrutural. “Nos Tempos do Imperador” foi uma grande aula de História.

A seguir, o nosso tradicional balanço final com os pontos positivos e negativos.

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PONTOS POSITIVOS

Paula Cohen (Dona Lota Pindaiba): a atriz se transformou no maior destaque do elenco de “Nos Tempos do Imperador”. Paula foge da mesmice das escalações da emissora platinada e mostrou o seu talento ao viver a Baronesa, personagem que contrastava com a sisudez do núcleo central do Império. Migrava da comédia para o drama com naturalidade.

Leticia Sabatella (Teresa Cristina): a atriz conseguiu humanizar a figura da Imperatriz que ganhou a alcunha de “mãe dos brasileiros” durante o Segundo Reinado. Trabalho brilhante.

Mariana Ximenes (Luisa): a atriz também sobressaiu no elenco ao interpretar a Condessa de Barral e grande amor da vida de Dom Pedro II. Interpretação segura.

Selton Mello (Dom Pedro II): o ator conseguiu dignificar a figura do monarca que possuía uma imagem mais reservada e menos ostentativa, diferente de outros reis da Europa. A direção da novela acertou ao escalar o protagonista que tinha uma missão desafiadora, justamente pelas características mais introspectivas da figura histórica.

Gil Coelho (Augusto): o jovem ator aproveitou bem a oportunidade ao viver o príncipe Augusto, um dos mais queridos personagens da novela.

Daphne Bozaski (Dolores) e João Pedro Zappa (Nelio): o casal de “patinhos feios”, Dolores e Nelio, caiu nas graças do público. Daphne e Zappa roubaram a atenção para essa história paralela. O embate entre Tonico (Alexandre Nero) e Nelio no penhasco foi um dos melhores momentos de toda a novela.

PONTOS NEGATIVOS

Filtro escuro na imagem: o diretor Vinicius Coimbra apostou no filtro escuro na imagem, o que fortaleceu a sisudez da produção na faixa das seis da TV Globo. Isso contribuiu para o afastamento do telespectador.

Ritmo lento na primeira fase: a primeira fase de “Nos Tempos do Imperador” foi extremamente cadenciado. A novela exigia um ritmo mais ágil no desenvolvimento da história. A trama cresceu a partir de sua metade.

Germana (Viviane Pasmanter) e Licurgo (Guilherme Piva): a ideia de trazer personagens de “Novo Mundo” poderia ter sido interessante. Porém, o retorno de Germana e Licurgo não funcionou. O ar “asqueroso” dos personagens predominou na primeira parte da novela.

Núcleo de Vitória (Maria Clara Gueiros), Clemência (Dani Barros) e Quinzinho (Augusto Madeira): núcleo paralelo que destoava de todo o restante da novela. Personagens maçantes. Além disso, o romance lésbico, de uma hora para outra, também não se encaixou na narrativa da trama. Ficou artificial.

Desfecho de “Nos Tempos do Imperador”: os autores encerraram a novela com o término da Guerra do Paraguai marcado pela morte de Solano López (Roberto Brindelli). Porém, a novela abordou com ênfase a dificuldade encontrada pela Princesa Isabel (Giulia Gayoso) para engravidar. E a trama parou por aí. Sem continuidade. “Nos Tempos do Imperador” poderia ter destacado a morte da Princesa Leopoldina (Bruna Griphao), após o conflito armamentício, a Abolição e o declínio do Império. No desfecho da trama, os autores foram felizes ao ressaltar o Golpe Militar que destituiu Dom Pedro II do trono e a expulsão da família imperial do Brasil. Como a novela parou, praticamente, em 1870, os autores poderiam continuar com a trilogia (seja em minissérie), através de Pedro Augusto, neto de Dom Pedro II. Seria interessante. Uma história praticamente desconhecida pelos brasileiros.

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