Em sua terceira temporada, o “Bipolar Show”, para se manter fiel ao seu formato original, uma vez mais mudará tudo: novos cenários, locações e figurinos. Porém, o objetivo principal segue o mesmo: um encontro livre entre dois artistas.
O programa estreia na terça-feira, dia 19 de setembro, às 21h30, no Canal Brasil, e os três primeiros episódios estarão abertos no Canal Brasil Play a partir da sexta-feira anterior, dia 15. “Não tenho perguntas pré-estipuladas, tento ir disponível, aberto, pra receber pessoas que gosto e admiro. É uma tentativa de expor, se expor, de maneira livre e afetuosa”, explica Michel Melamed, o criador, diretor e apresentador da atração.
A partir daí, ele define essa nova temporada como “crua, essencial”: os cenários, por exemplo, que tradicionalmente aludem ao mobiliário dos talk shows — no primeiro ano com temas da Op Arte e, no segundo, recobertos por texturas —, agora trazem apenas as linhas estruturais. Ao final dos episódios, em vez do número musical, haverá poetas; e, fundamentalmente, recebendo apenas atores, a nova leva de episódios, sem nenhum dos antigos quadros, será centrada no discurso e nas emoções.
A alternância entre os dois cenários, uma das marcas do programa, pela primeira vez acontece em duas locações diferentes: o primeiro deles, mais intimista, está montado no IED (Instituto Europeu de Design), nas ruínas dos históricos Cassino da Urca e Tv Tupi, palco de artistas como Carmen Miranda, Grande Otelo, Josephine Baker, Dalva de Oliveira e Nat King Cole, entre tantos outros, além de programas pioneiros da televisão, como a “Discoteca do Chacrinha”, o “Grande Teatro Tupi” e o “Sítio do Picapau Amarelo”. O segundo, aberto ao público, está pousado em pleno campus da UFRJ, com uma estrutura que permite a interação dos alunos da faculdade.
Entre os ilustres convidados estão os atores Wagner Moura (foto), logo na estreia, Eliane Giardini, Débora Falabella, Gabriel Leone, Alice Wegmann, Luís Miranda e Barbara Paz, para citar alguns. E poetas como Geraldinho Carneiro, Bruna Beber e Chacal.
Assim, experimentando a linguagem televisiva, “uma declaração de amor e um ato político”, segundo Michel, é que o “Bipolar Show” segue pensando a contemporaneidade e a liberdade criativa, nestes tempos sombrios do país.