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Um dos ataques mais emblemáticos atribuídos à Al Qaeda aconteceu no dia 19 de agosto de 2003, quando uma bomba destruiu a sede das Nações Unidas no Iraque, matando 22 pessoas. Uma das vítimas era Sergio Vieira de Mello, representante especial da ONU no Iraque.

Dirigido e produzido por Greg Barker e baseado na biografia "O Homem que queria salvar o mundo", da vencedora do Prêmio Pulitzer Samantha Power, o especial "Sergio", que o The History Channel estreia dia 14 de março, quarta-feira, às 22h, examina a vida do brasileiro que dedicou sua vida em prol de uma solução para as situações de genocídio, êxodos e conflitos pelo mundo.

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Brasileiro desenvolveu diversos trabalhos humanitários para a ONU
Reprodução

No programa, depoimentos da noiva Carolina Larriera e da mãe Gilda de Mello; além de autoridades e colegas e admiradores, como Condoleeza Rice, ex-Conselheira de Segurança Nacional do presidente Bush; Tony Blair, ex-Primeiro Ministro britânico; Mieke Bos, Assistente Executiva e sua namorada no Camboja no início dos anos 90; Richard Holbrooke, amigo e ex-embaixador dos EUA nas Nações Unidas; Samantha Power, vencedora do prêmio Pulitzer por A Problem of Hell: America and the Age of Genocide, de 2003, e autora de O Homem que queria salvar o mundo, professora em Harvard e parte da equipe de transição do presidente Barack Obama.

Enviado ao Iraque com uma equipe de especialistas, Sérgio foi encorajado por George W. Bush, Tony Blair, Condoleezza Rice e Kofi Annan a liderar o que era basicamente uma missão fracassada da ONU no país, logo após a invasão. Inicialmente, ele relutou em aceitar porque havia sido contrário à Guerra, mas todos contavam com a sabedoria do único indivíduo a ter liderado com sucesso uma nação ocupada em direção à sua independência no Timor Leste.

No Iraque, acompanhado da noiva Carolina Larriera, que conhecera no Timor Leste, sua missão consistia em desenvolver e planejar como reconstruir o país e devolver a soberania ao povo. Logo percebeu que a insurgência iraquiana só crescia e ele próprio havia virado alvo, acusado de ser apenas mais um instrumento dos americanos para manter o controle do local.


Cena do Especial "Sérgio", que estréia no canal
Divulgação/The History Channel

Em agosto de 2003, um caminhão bomba explodiu embaixo de seu escritório na sede da ONU em Bagdá, matando instantaneamente muitos funcionários da ONU, incluindo membros da sua própria equipe. Sérgio foi encontrado por dois bombeiros americanos que escalaram abnegadamente o prédio desmoronado. Gravemente ferido, pediu ao resgate para salvar outros antes dele, que faleceu entre os escombros. Morreu como viveu – um idealista.

"Sérgio tinha provavelmente visto mais sofrimento e miséria humana do que qualquer homem da sua geração e, no entanto, isso nunca parecia afetar o seu carisma, ou a sua divertida joie de vivre. Ele devotou a vida para dar dignidade às pessoas menos afortunadas do mundo, e então – nas suas horas finais lá, entre os escombros – ele se comportou com uma dignidade que me deixou pasmo e me inspirou. Apesar de toda essa tragédia, acabei fazendo um filme que é basicamente sobre a esperança e a resistência duradoura do espírito humano – mesmo diante das chances mais impossíveis. Foi isso o que Sérgio me ensinou e talvez essa seja uma qualidade que podemos todos usar um pouco nesse instante", declara o diretor e produtor do documentário Greg Barker.

O especial "Sergio" estreia dia 14 de março, quarta-feira, às 22h, no The History Channel. O especial destaca o trabalho humanitário que o brasileiro desenvolveu para a ONU até o ataque que tirou sua vida em Bagdá, há nove anos.

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