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    Estreia de “Éramos Seis” na Globo gera comparação

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    Após 25 anos, “Éramos Seis” retorna à TV brasileira. Desta vez, na TV Globo. Na última segunda-feira (05/10), a nova novela das seis da emissora platinada criou expectativa no telespectador que acompanhou, principalmente, a versão do SBT em 1994.

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    Nestes primeiros capítulos, mesmo sendo baseada na adaptação de Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho, já dá para notar que ”Éramos Seis 2019” será uma outra novela. A emoção que dominou a trama sbtista não surgiu até aqui na nova produção.

    A abertura é um indício. O calor humano fica longe da vinheta. Ar gélido. Movimentação computadorizada. Ao invés das relações humanas que marcam a obra, a casa ganhou o centro. Erro de foco.

    Gloria Pires, mesmo sendo atriz de remakes da faixa das seis, como Mulheres de Areia e Anjo Mau, não é uma escalação óbvia. Lilia Cabral teria sido o nome mais forte para o papel de Lola. Porém, a veterana estava desperdiçada em “O Sétimo Guardião”. Gloria construirá uma outra Lola. Dificilmente, atingirá o nível de excelência de Irene Ravache em um dos momentos mais ricos de interpretação na história das telenovelas. É um trabalho irrepreensível.

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    Nesta nova versão, tudo é ampliado nos cenários. A casa de Dona Lola, que era um sobrado geminado, se transformou em uma quase mansão. Quartos amplos. Cozinha ampla. Sala ampla. O imóvel não é condizente com a capacidade financeira de Julio. O cabaré também é gigantesco. Na Avenida Angélica, há uma casa que ainda está de pé. Teria sido uma inspiração para a cenografia?

    Os destaques positivos ficam por conta de Maria Eduarda de Carvalho, que interpreta Olga, e Eduardo Sterblitch, que vive Zeza. A dupla trouxe vibração para a obra. No SBT, Denise Fraga e Osmar Prado ficaram responsáveis pelos personagens. Antonio Calloni também sobressaiu como Julio. No SBT, Othon Bastos deu um ar mais sóbrio e sisudo ao marido de Lola. Calloni dará uma feição diferente.

    Na TV Globo, a família Lemos mora na Avenida Angélica, 415.  A trama de ”Éramos Seis” tem o meu bairro como pano de fundo. Em 1994, estudava no Colégio Sion, mesma escola onde estalava a personagem Isabel. As gravações ocorriam aos sábados. Essa é uma das razões para a novela ainda encontrar-se fortemente na minha memória afetiva. Por isso mesmo, neste domingo (07/10), fui até o endereço. Não há o número 415. A casa ficaria nesta região da avenida. Tirei uma foto da área. Funciona hoje um estacionamento.

    No SBT, a residência apresentava outra numeração. Fica três quarteirões para cima. Nos anos 90, funcionava o mercado Alfama que hoje não existe mais. Atualmente, a Swift ocupa o local. Curiosidade.

    “Éramos Seis” é uma das obras-primas da nossa teledramaturgia. O SBT se mobilizou para a produção da telenovela. Era exibida até em dois horários. Na faixa das 19-20hs com reprise às 22 horas. O desafio da TV Globo é envolver o telespectador.

    Fabio Maksymczuk

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