Dirigido por Rebecca Cammisa, o impactante documentário original da HBO, "Atomic Homefront" revela os efeitos tóxicos a longo prazo dos resíduos nucleares para as comunidades estreia nesta segunda (16).
Em 1942, o governo dos Estados Unidos escolheu o centro da cidade de St. Louis, no Estado do Missouri, para instalar uma unidade de processamento de urânio para a produção das primeiras bombas nucleares. Ao longo dos 25 anos seguintes, o lixo radioativo dessas instalações foi enviado para áreas suburbanas a norte e oeste da cidade, sendo despejado em um aterro no norte do condado de St. Louis. Até recentemente, no entanto, muitos moradores da região não sabiam que o lixo tinha virado uma bomba-relógio. Hoje, eles estão vivendo próximos a 47 mil toneladas de resíduos radioativos; e tanto os moradores atuais quanto os que já habitaram essas áreas estão sendo diagnosticados com altos índices de câncer, doenças congênitas e outros problemas de saúde possivelmente decorrentes da radiação ionizante.
Filmado ao longo de três anos, "Atomic Homefront" se concentra em duas comunidades que cobram respostas de empresas como a Agência de Proteção Ambiental (EPA, sigla em inglês) e de outros órgãos governamentais norte-americanos. O grupo Coldwater Creek – Just the Facts está ajudando a levar mais conhecimento à comunidade e a profissionais da saúde, trabalhando para a inclusão da região na Lei de Compensação por Exposição à Radiação e defendendo testes e medidas adicionais na bacia do Coldwater Creek.
O documentário da HBO acompanha a atuação de Jenell Wright, co-fundadora do Just the Facts, e a sua luta para conseguir respostas para a dimensão da contaminação do rio. O programa também destaca a atuação de pessoas comuns, entre elas mães que criaram o grupo Just Moms STL e enfrentam a EPA, órgãos e serviços estatais.
"Atomic Homefront" estreia dia 16 de abril, às 22h, no canal HBO. A produção também estará disponível na HBO GO.