Fitarelli é neto de italianos imigrados para o Rio Grande do Sul no início do século passado devido às guerras na Europa. Durante toda sua vida, o veterinário reuniu memórias de seus entes e de muitas outras famílias para compor um pequeno museu a céu aberto, com casas hoje desabitadas, móveis, louças e memorabilias diversas de seus antepassados. A intenção é manter vivas as tradições, tanto sob o ponto de vista material, quanto dos costumes, como o idioma e a gastronomia, de quem veio ao Brasil em busca de um recomeço.
O cineasta Boca Migotto documenta o trabalho do ítalo-descendente e o acompanha em uma viagem ao velho continente para conhecer suas raízes em "Pra Ficar na História", documentário que estreia nesta segunda (24) no Canal Brasil.
O filme divide seu roteiro em dois momentos distintos ao mostrar a admiração do protagonista sobre seu passado e sua felicidade em visitar o berço de seus antepassados na Europa. Na pequena cidade de Garibaldi, no Rio Grande do Sul, a câmera acompanha o zelo do veterinário em arrumar cada pequeno pedaço da vila que se transformou em um museu a céu aberto com mais de oito mil peças, restaurando armários e objetos de uso cotidiano como potes ou panos de prato.
No norte da Itália, o personagem sente-se em casa, encontra familiaridades com sua rotina no Brasil e resgata parte da história de sua família. Aferindo valor histórico e afetivo ao trabalho do neto de imigrantes, o diretor traz a tentativa de um homem de se manter fiel às suas raízes mesmo com tantas décadas e quilômetros de distância da terra natal.
"Pra Ficar na História" estreia dia 24 de setembro, às 22h no Canal Brasil.