Longe das academias de letras, dos versos decassílabos e dos intelectuais engravatados, a poesia encontrou nas ruas uma nova forma de expressão. Na periferia de grandes cidades do mundo como Nova Iorque, Paris e São Paulo, surgiram as batalhas de poetry slam, uma forma performática de trovas com rimas ricas de vivência humana, comumente focadas em acontecimentos do dia a dia.
Atração desta quarta-feira (16) no Canal Brasil, o documentário “Slam: Voz de Levante” de Tatiana Lohmann e Roberta Estrela D’Alva, adentra o universo underground das disputas de rimas para apresentar esse novo fenômeno cultural que deu o microfone a novos e revolucionários artistas.
A narrativa é conduzida pela também diretora Roberta Estrela D’Alva, uma das pioneiras no Brasil neste estilo de arte. Passando por Nova Iorque, Chicago, Paris e São Paulo, a protagonista visita reuniões de poesia, conversa com colegas do ramo e desvenda a história desse movimento cultural nascido nas ruas como uma forma de manifestação política de quem raramente tem a voz ouvida.
De natureza performática, com interpretações enérgicas dos versos, a slam poetry surgiu há quase três décadas, abordando temas como igualdade de gênero e sexual, políticas sociais e feminismo. Passando por clubes de trovadores nas cidades mencionadas, o filme comprova a força e importância de rimas populares como forma de resistência e identidade cultural.
“Slam: Voz de Levante” estreia dia 16 de outubro, às 20h no Canal Brasil.