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O regime de exceção instaurado no Brasil em 1964 abriu passagem para severas violações dos direitos humanos cometidas por agentes do Estado e pessoas ao seu serviço. A promulgação da Lei da Anistia em 1979, cujo teor absolvia os crimes políticos da época, consolidou o sentimento de impunidade e reforçou o esquecimento das atrocidades promovidas pela ditadura.

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O documentário de Beth Formaggini, “Pastor Claúdio” que estreia nesta quarta (10) no Canal Brasil, amplia o laureado curta “Uma Família Ilustre” (2015) e caminha pelas confissões do agora pastor evangélico Cláudio Guerra, ex-delegado da Polícia Civil encarregado de assassinar militantes contrários aos ideais estabelecidos pelo governo totalitário.

O roteiro passeia pelo embate entre Cláudio Guerra e o psicólogo e ativista dos direitos humanos Eduardo Passos sobre a Operação Radar, realizada entre 1973 e 1976 por agentes governamentais com o intuito de eliminar membros do Partido Comunista Brasileiro (PCB) temendo uma abertura política. O agora pastor da Igreja Assembleia de Deus inicia a película pedindo um momento para pegar sua Bíblia Sagrada e solicitando o tratamento adequado para um homem em sua posição religiosa.

Nos 70 minutos que se seguem, o ex-delegado não foge de nenhuma questão e descreve com frieza e precisão – apesar dos lapsos em lembrar os nomes de suas vítimas – os detalhes das execuções, torturas e desaparecimentos de cadáveres dos quais esteve envolvido.

“Pastor Claúdio” estreia dia 10 de julho, às 20h no Canal Brasil. 

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