Amanda Klein sobressai em estreia do “Opinião No Ar”

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Ricardo Marques
Entusiasta sobre TV por assinatura e recepção via satélite. Publica sobre o mercado brasileiro, destaques da HBO e Telecine. Doutor em Estudos Literários.

Nesta segunda-feira (28/09), sem uma campanha intensa de divulgação, “Opinião no Ar” estreou na RedeTV!. A nova atração, comandada por Luis Ernesto Lacombe, Amanda Klein e Silvio Navarro, entrou na vaga do Tricotando que, momentaneamente, foi realocado para 10h45.

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A RedeTV! acerta ao apostar no jornalismo na grade matinal. Era uma carência que foi suprida. Em suas ponderações, o vice-presidente da emissora, Marcelo de Carvalho, defende que o canal deve investir no jornalismo com opinião. É nesse ponto que reside o perigo.

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Lacombe, que tinha uma imagem leve e ligada ao esporte, se transmutou em uma figura relacionada ao bolsonarismo e com ar mais sisudo no vídeo. Nesta estreia, o experiente jornalista conduzia sem arroubos a nova aposta da RedeTV! até a entrada de Sikêra Jr. que deu as “boas-vindas” pelo telão.

Nesse momento, Lacombe trouxe o discurso ideológico para a arena. Atacou o “politicamente correto” que seria uma forma de censura. ”É chato”, bradou. Deu munição para Sikêra que disparou falas polêmicas, como “Só tem proteção pra gay, negro e sapatão”.

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O apresentador do “Alerta Nacional” ainda politizou a atração ao destacar que o governo anterior implantou tal pensamento em todos os segmentos da sociedade e que eles reuniam maconheiros, bandidos e ladrões. Lacombe ainda designou Sikêra como um grande “showman”.

Dentro desse contexto conturbado, Amanda Klein sobressaiu com sua postura equilibrada e digna de uma jornalista profissional. Fez ponderações importantes na arena, principalmente com o médico Roberto Zeballos, entrevistado do dia, que minimizou a pandemia do novo Coronavírus. E ainda teve outra entrevista com o psiquiatra Italo Marsili que atacou o fechamento de escolas diante da pandemia.

Silvio Navarro funciona como o outro polo da atração. Mais ligado aos chamados “conservadores”. Defendeu o posicionamento dos entrevistados sobre o impacto da Covid-19 na sociedade brasileira.

“Opinião no Ar” deveria trazer a diversidade de convidados, o que nesta estreia não ocorreu. Os dois atacaram o isolamento social. Lacombe precisaria mediar esse debate. Além disso, é fundamental que cada um do trio tenha o seu espaço e que o entrevistado do dia tenha a possibilidade de externar a sua fala. Em diversos momentos da estreia, os três jornalistas se sobrepuseram a Zeballos que ficou sem tempo para concluir o pensamento.

Fabio Maksymczuk

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Nesta segunda-feira (28/09), sem uma campanha intensa de divulgação, “Opinião no Ar” estreou na RedeTV!. A nova atração, comandada por Luis Ernesto Lacombe, Amanda Klein e Silvio Navarro, entrou na vaga do Tricotando que, momentaneamente, foi realocado para 10h45.

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A RedeTV! acerta ao apostar no jornalismo na grade matinal. Era uma carência que foi suprida. Em suas ponderações, o vice-presidente da emissora, Marcelo de Carvalho, defende que o canal deve investir no jornalismo com opinião. É nesse ponto que reside o perigo.

Lacombe, que tinha uma imagem leve e ligada ao esporte, se transmutou em uma figura relacionada ao bolsonarismo e com ar mais sisudo no vídeo. Nesta estreia, o experiente jornalista conduzia sem arroubos a nova aposta da RedeTV! até a entrada de Sikêra Jr. que deu as “boas-vindas” pelo telão.

Nesse momento, Lacombe trouxe o discurso ideológico para a arena. Atacou o “politicamente correto” que seria uma forma de censura. ”É chato”, bradou. Deu munição para Sikêra que disparou falas polêmicas, como “Só tem proteção pra gay, negro e sapatão”.

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O apresentador do “Alerta Nacional” ainda politizou a atração ao destacar que o governo anterior implantou tal pensamento em todos os segmentos da sociedade e que eles reuniam maconheiros, bandidos e ladrões. Lacombe ainda designou Sikêra como um grande “showman”.

Dentro desse contexto conturbado, Amanda Klein sobressaiu com sua postura equilibrada e digna de uma jornalista profissional. Fez ponderações importantes na arena, principalmente com o médico Roberto Zeballos, entrevistado do dia, que minimizou a pandemia do novo Coronavírus. E ainda teve outra entrevista com o psiquiatra Italo Marsili que atacou o fechamento de escolas diante da pandemia.

Silvio Navarro funciona como o outro polo da atração. Mais ligado aos chamados “conservadores”. Defendeu o posicionamento dos entrevistados sobre o impacto da Covid-19 na sociedade brasileira.

“Opinião no Ar” deveria trazer a diversidade de convidados, o que nesta estreia não ocorreu. Os dois atacaram o isolamento social. Lacombe precisaria mediar esse debate. Além disso, é fundamental que cada um do trio tenha o seu espaço e que o entrevistado do dia tenha a possibilidade de externar a sua fala. Em diversos momentos da estreia, os três jornalistas se sobrepuseram a Zeballos que ficou sem tempo para concluir o pensamento.

Fabio Maksymczuk

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